Após um processo de apuração de votos ao qual os fiscais da oposição foram impedidos de ter acesso, a ditadura de Nicolás Maduro anunciou sua “reeleição” com 51,2% dos votos, contra 44,2% do candidato de oposição, Edmundo González. Este resultado, que os opositores acreditam ter sido manipulado, vai de encontro às expectativas e às pesquisas, que previam uma vitória de González com uma votação entre 58% e 62%. Segundo a apuração paralela da oposição, González teria conquistado cerca de 70% dos votos.
A oposição denunciou em uma coletiva de imprensa realizada às 21h30 (22h30 de Brasília) que o processo de apuração foi vedado aos seus representantes e fiscais, tornando as evidências de fraude ainda mais evidentes.
A divulgação oficial dos resultados só ocorreu às 1h da madrugada, quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), nomeado pelo regime, alegou que o atraso se deu por uma suposta “agressão ao sistema de transmissão de dados”. O regime afirmou que este incidente foi responsável pelo atraso na transmissão dos resultados das eleições presidenciais.
O CNE informou que, com 80% das urnas apuradas, foi possível observar uma tendência “contundente e irreversível” que garantiria a permanência de Maduro no poder por mais seis anos.
A líder da oposição, María Corina Machado, declarou que Edmundo González foi o verdadeiro vencedor das eleições em uma coletiva de imprensa realizada logo após o anúncio oficial. Ela destacou que a participação na votação foi “histórica” e que quatro auditores independentes confirmaram a vitória de González em todos os estados.