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terça-feira, 1 outubro, 2024
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Sudão enfrenta a mais terrível crise de fome do mundo

Por Marina B.

A devastação causada pela guerra no Sudão não apenas ceifou milhões de vidas, mas também gerou a maior crise de deslocamento do mundo, conforme relata o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas.

Contudo, o perigo mortal da fome pode eclipsar até mesmo os horrores do conflito em si, adverte Cindy McCain, diretora-executiva do PAM.

McCain adverte que, se os conflitos persistirem, podemos testemunhar “a maior crise de fome do mundo”.

“Há duas décadas, Darfur enfrentou a pior crise de fome global, e o mundo uniu-se em resposta. Mas, atualmente, o povo do Sudão está largamente esquecido. Estamos diante da ameaça de perder milhões de vidas, colocando em risco a paz e a estabilidade de toda a região”, declarou Cindy McCain em sua visita ao Sudão do Sul, onde se encontrou com famílias fugindo da violência e da crescente fome no Sudão.

Aproximadamente 18 milhões de pessoas em todo o Sudão enfrentam níveis críticos de fome.

Mais de 25 milhões de pessoas no Sudão, Sudão do Sul e Chade lidam com insegurança alimentar. No entanto, o PAM encontra-se impossibilitado de fornecer ajuda emergencial suficiente às comunidades desesperadas do Sudão, devido à violência contínua e à interferência das partes envolvidas no conflito.

Atualmente, 90% daqueles enfrentando níveis emergenciais de fome no Sudão, estão sitiados em áreas praticamente inacessíveis às operações da ONU.

A situação piorou após a revogação das autorizações para a entrada de caminhões na fronteira.

Um número crescente de pessoas foge para o Sudão do Sul e Chade, sobrecarregando a capacidade de resposta humanitária que está à beira do colapso.

A cidade de Renk, no leste do Sudão do Sul, viu chegar quase 600.000 pessoas nos últimos 10 meses, fugindo do Sudão. Essas famílias chegam famintas, apenas para enfrentar uma realidade ainda mais desesperadora.

Atualmente, o Sudão abriga nove milhões de deslocados internos e 1,7 milhões de refugiados, tornando-se o país com o maior número de deslocados no mundo, superando até mesmo os sete milhões de sírios deslocados.

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