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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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SOS Cuba: Relatório da ONG Cubalex revela terror e abuso

Por Alexandre G.

A ONG Cubalex, encarregada de monitorar as ações do governo de Miguel Díaz-Canel em relação à população, compilou um relatório referente ao mês de fevereiro, documentando mais de 200 casos de violações dos direitos humanos em várias regiões da ilha, com maior incidência em Havana (84 casos), Matanzas (37 casos) e Villa Clara (19 casos).

De acordo com a organização, os indivíduos mais afetados pela repressão do regime ditatorial são aqueles privados de liberdade (99 casos), resultado de detenções arbitrárias durante manifestações (70 casos), relatos de ameaças ou coerção (43 casos), atos de violência ou assédio (41 casos), restrições à liberdade religiosa (32 casos), negação de assistência médica (28 casos), tratamento degradante (20 casos) e interrogatórios (19 casos). No total, pelo menos 213 pessoas (57 mulheres e 156 homens) foram vítimas de alguma dessas formas de violação.

Segundo as denúncias, as formas mais comuns de assédio contra os prisioneiros incluem a recusa de tratamento médico, tratamento degradante, violência física, confinamento solitário e reclusão em celas de punição. Além disso, alguns são submetidos a trabalho forçado e expostos a condições desumanas em instalações prisionais remotas em áreas rurais.

As organizações mais visadas pelo regime são as Damas de Blanco, a União Patriótica de Cuba (UNPACU), o Movimento de Oposição por uma Nova República (MONR) e o Movimento Cuba Primeiro, com muitos dos presos políticos associados a esses grupos.

Durante o mês de fevereiro, foram registradas 70 prisões arbitrárias, incluindo aquelas contra membros das Damas de Branco, que continuam a enfrentar perseguição ao tentarem participar de atividades religiosas, tendo seu direito à liberdade religiosa cerceado. Em certos casos, as detenções envolvem desaparecimentos forçados que duram horas, dias e até mais de uma semana, conforme relatado pela Cubalex.

O relatório também destaca o uso de técnicas de tortura, como o confinamento prolongado e o uso excessivo de algemas, além do prática abusiva de libertar pessoas durante a noite, em locais distantes das instalações prisionais, colocando em risco sua segurança física.

A ONG denuncia violações dos direitos humanos contra três presos políticos: Juan Enrique Pérez Sánchez, Roberto Pérez Fonseca e José Daniel Ferrer García. Segundo os relatos, o regime tenta fabricar acusações contra Sánchez por posse de drogas na prisão, o que o levou a iniciar uma greve de silêncio em protesto; Pérez Fonseca foi transferido para uma cela de castigo, onde está sendo submetido a tortura, recebendo comida e bebida apenas uma vez ao dia; enquanto Ferrer está há mais de um ano em confinamento solitário, sem visitas ou permissão para fazer chamadas telefônicas.

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