Uma sondagem exclusiva conduzida pela Euronews mostra que os europeus não estão satisfeitos com os esforços da União Europeia em lidar com a migração irregular, demandando um controle mais rigoroso nas fronteiras.
Cerca de 51% dos europeus avaliam negativamente o impacto das políticas migratórias do bloco, enquanto apenas 16% expressam uma visão positiva. Outros 32% consideram o impacto neutro.
Essas conclusões surgem de uma pesquisa realizada pela Ipsos, envolvendo quase 26 mil pessoas em 18 países membros da UE, antes das eleições para o Parlamento Europeu.
O descontentamento é evidente em todas as faixas etárias, gêneros e profissões, com países como França (62%), Áustria (60%) e Hungria (58%) liderando as críticas. Por outro lado, Dinamarca (26%), Romênia (27%) e Finlândia (32%) mostram uma visão menos crítica.
Os eleitores dos grupos de direita, como Identidade e Democracia (78%) e Conservadores e Reformistas Europeus (65%), são os mais insatisfeitos, enquanto os eleitores do Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, e do grupo de centro-esquerda Socialistas e Democratas (S&D) também expressam descontentamento, embora de forma mais equilibrada.
A pesquisa também revela um forte apoio (71%) para o fortalecimento dos controles fronteiriços, com países como Polônia (86%), Bulgária (83%) e Finlândia (83%) liderando essa demanda.
Por outro lado, 28% dos entrevistados defendem uma política de acolhimento baseada em valores humanistas. A opinião varia de acordo com os partidos políticos, com eleitores conservadores e liberais mais propensos a exigir controles fronteiriços mais rigorosos.
Essas preocupações em relação à migração são apontadas como um dos principais temas nas eleições iminentes para o Parlamento Europeu, refletindo um desejo crescente por uma abordagem unificada e eficaz para lidar com a questão migratória na região.