O governo federal desembolsa anualmente mais de 100 milhões de dólares para funcionários que não desempenham suas funções públicas, mas se dedicam a atividades sindicais em detrimento dos interesses dos contribuintes. Esta prática controversa, conhecida como “tempo oficial”, permite que centenas de funcionários públicos se dediquem em tempo integral às questões sindicais, permanecendo na folha de pagamento do governo. Embora historicamente esses números tenham sido acompanhados e divulgados pelo Escritório de Gestão de Pessoal, a administração Biden optou por retirar os relatórios.
Esta política não apenas gera custos consideráveis para os contribuintes, mas também fortalece o poder dos sindicatos ao subsidiar suas atividades, independentemente do apoio dos funcionários. Estes sindicatos muitas vezes defendem agendas que podem não estar alinhadas com os interesses dos contribuintes, como resistir ao retorno ao trabalho presencial. No entanto, a transparência sobre o uso do “tempo oficial” diminuiu desde 2019, quando o governo relatou cerca de 2,6 milhões de horas gastas em atividades sindicais.
A administração Biden tem sido discreta sobre o assunto, e os relatórios anteriores foram removidos do site do Escritório de Gestão de Pessoal. A falta de transparência levantou preocupações sobre a alocação de recursos públicos e a prestação de contas. Um projeto de lei recentemente apresentado pelo senador Joni Ernst visa restaurar essa transparência, exigindo que as agências divulguem detalhes sobre os custos e justificativas do trabalho sindical financiado pelos contribuintes.
Essas preocupações não são novas. Em 2014, uma investigação encontrou centenas de funcionários públicos que não realizavam suas funções devido ao “tempo oficial”, levantando questões sobre o uso apropriado dos fundos públicos. A necessidade de prestação de contas e transparência nesta área é crucial para garantir que os recursos dos contribuintes sejam utilizados de forma eficiente e em benefício do público.
