Trump criticou Putin e Zelensky após ataque massivo envolvendo quase 370 mísseis e drones
Rússia e Ucrânia trocaram centenas de prisioneiros no domingo, poucas horas depois de Moscou lançar um dos maiores ataques aéreos da guerra de mais de três anos entre os dois países.
A troca de prisioneiros foi a terceira e última parte de uma grande troca, marcando um raro momento de cooperação.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que ambos os lados trocaram mais de 300 soldados. Isso ocorreu após a libertação de 307 combatentes e civis no sábado e 390 na sexta-feira — a maior troca total da guerra até o momento.
“303 defensores ucranianos estão em casa”, escreveu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, no X, confirmando a troca.
Ele disse que as tropas que retornavam à Ucrânia eram membros das Forças Armadas, da Guarda Nacional, do Serviço de Guarda de Fronteira do Estado e do Serviço Estadual de Transporte Especial.
Em conversas realizadas no início deste mês em Istambul — o primeiro encontro presencial entre as partes em conflito nas recentes negociações de paz — Kiev e Moscou concordaram em trocar 1.000 prisioneiros de guerra e civis cada. A troca foi o único resultado tangível das negociações.
A troca de farpas ocorreu poucas horas depois de a Rússia ter lançado um ataque massivo com drones e mísseis contra a capital ucraniana, Kiev, e outras regiões, matando pelo menos 12 pessoas — incluindo três crianças — e ferindo dezenas de outras.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que as forças de defesa aérea estavam trabalhando na capital contra drones inimigos. Oleh Syniehubov, chefe da administração militar de Kharkiv, disse que Kharkiv e seus subúrbios também estavam sob ataque de drones.
A última onda de violência ocorreu quando o presidente Donald Trump disse a repórteres no sábado que “não estava feliz” com o ataque em larga escala da Rússia contra a Ucrânia.
Falando no Aeroporto Municipal de Morristown, em Nova Jersey, o presidente acusou Putin de “matar muitas pessoas” no ataque.
“Eu sempre disse que [Putin] quer TODA a Ucrânia, não apenas um pedaço dela, e talvez isso esteja se mostrando correto, mas se ele fizer isso, levará à queda da Rússia!”, dizia a publicação nas redes sociais. Mas o presidente também criticou Zelensky.
“Da mesma forma, o presidente Zelensky não está fazendo nenhum favor ao seu país ao falar dessa maneira. Tudo o que sai da sua boca causa problemas, eu não gosto disso, e é melhor parar”, escreveu Trump, concluindo: “Esta é uma guerra que jamais teria começado se eu fosse presidente. Esta é a guerra de Zelensky, Putin e Biden, não de Trump. Estou apenas ajudando a apagar os grandes e feios incêndios que foram iniciados por incompetência e ódio grosseiros.”