A Procuradoria-Geral da Rússia enviou cartas aos países ocidentais nesta quarta-feira (3), instando-os a respeitarem seus compromissos internacionais de garantir a justiça enquanto investigam as explosões no Nord Stream e os eventos classificados como “atos de terrorismo” na Rússia.
Moscovo expressou sua frustração com a falta de conclusões nas investigações realizadas por algumas potências estrangeiras sobre as explosões ocorridas em setembro de 2022 nos gasodutos destinados a transportar gás russo para a Europa Ocidental.
A Dinamarca abandonou sua investigação em fevereiro, após a Suécia encerrar sua própria investigação e entregar as evidências encontradas aos investigadores alemães.
O procurador-geral da Rússia afirmou que as cartas foram enviadas a Chipre, França, Alemanha e Estados Unidos após solicitações de informações feitas por legisladores e figuras públicas russas sobre a investigação em curso.
Ele expressou interesse em conhecer possíveis ligações de indivíduos e organizações com os atos terroristas ocorridos na Rússia, bem como com as explosões no Nord Stream.
Apesar de não mencionar explicitamente o recente ataque a uma sala de concertos em Moscou, no qual mais de 140 pessoas perderam a vida, o procurador-geral buscou esclarecimentos sobre esse incidente. O Kremlin relacionou o ataque à Ucrânia, enquanto também sugeriu o envolvimento de grupos islamistas. A Ucrânia negou qualquer envolvimento.
As acusações mútuas entre Rússia e Ocidente sobre o conflito com a Ucrânia se estenderam às explosões no gasoduto. Ambos os lados negaram envolvimento e nenhum assumiu a responsabilidade pelos eventos.
O Kremlin caracterizou a situação das investigações como “quase absurda”, destacando a complexidade e as divergências presentes no processo.
