Rubio discursou no domingo. Na segunda-feira, a China teria alertado o Irã para recuar no fechamento do Estreito.
O secretário de Estado Marco Rubio, citando a realidade de que a China seria severamente prejudicada pela ameaça do Irã de fechar o Estreito de Ormuz, desafiou o governo chinês no domingo a dizer ao regime despótico iraniano para não fazer isso.
“A China, em particular, compra mais petróleo do Irã do que qualquer outra nação – com suas importações do Irã ultrapassando 1,8 milhão de barris por dia no mês passado, de acordo com dados da empresa de rastreamento de navios Vortexa”, observou a BBC . A emissora estatal iraniana Press TV noticiou que o Parlamento iraniano havia aprovado o fechamento do Estreito de Ormuz, mas a decisão final seria tomada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional.
“Você espera que o Irã tome medidas para fechar o Estreito de Ormuz, para tentar interromper o transporte de petróleo pelo mundo?”, perguntou Maria Bartiromo, da Fox News, a Rubio no programa “Sunday Morning Futures”, da Fox.
“Eu incentivo o governo chinês em Pequim a contatá-los [o Irã] sobre isso, porque eles dependem fortemente do Estreito de Ormuz para seu petróleo”, respondeu Rubio. “Se fizerem isso, será outro erro terrível; será suicídio econômico para eles se fizerem isso. E nós temos opções para lidar com isso, mas outros países também deveriam estar considerando. Isso prejudicaria as economias de outros países muito mais do que a nossa. Seria, eu acho, uma escalada massiva que mereceria uma resposta, não apenas nossa, mas de outros.”
“Então, vejam, eles vão dizer o que precisam dizer, sabe?”, continuou ele. “Essas são as coisas que precisam acontecer para suas próprias políticas internas, e assim por diante. Mas, no final, vamos julgá-los pelas ações que tomarem daqui para frente. Tínhamos três objetivos; atingimos esses três objetivos com força decisiva, e esse era o objetivo desta missão. E o que acontecerá a seguir dependerá do que eles fizerem. Se quiserem negociar, estamos prontos para negociar. Se quiserem ser bonzinhos e fazer coisas perigosas, temos respostas disponíveis que são devastadoras.”
As palavras de Rubio podem muito bem ter sido ouvidas na China; na segunda-feira, foi relatado que a China alertou o Irã para recuar na ameaça de fechar o Estreito.
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“Estimamos que 84% do petróleo bruto e condensado e 83% do gás natural liquefeito que transitaram pelo Estreito de Ormuz foram para os mercados asiáticos em 2024”, informou a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA). “China, Índia, Japão e Coreia do Sul foram os principais destinos do petróleo bruto que transitou pelo Estreito de Ormuz para a Ásia, respondendo por um total de 69% de todo o fluxo de petróleo bruto e condensado de Ormuz em 2024. Esses mercados provavelmente seriam os mais afetados por interrupções no fornecimento em Ormuz.”
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