Kennedy contou a história de sua primeira visita ao Salão Oval quando seu tio era presidente
Robert F. Kennedy Jr. foi empossado como o novo secretário de Saúde e Serviços Humanos (HHS), horas após ser confirmado no Senado controlado pelos republicanos na quinta-feira por uma votação apertada de 52-48, quase inteiramente de acordo com as linhas partidárias.
Kennedy estava no Salão Oval ao lado de sua esposa, a atriz Cheryl Hines, e acompanhado de seus filhos, enquanto ele colocava sua mão sobre uma Bíblia e fazia o juramento de posse. O Juiz da Suprema Corte Neil Gorsuch empossou Kennedy.
Após a cerimônia, Kennedy contou aos participantes sobre sua primeira visita ao Salão Oval.
“Minha primeira vez neste Salão Oval foi em … 1962. Vim aqui e tive uma reunião com meu tio, que era presidente na época, onde falamos sobre o meio ambiente. Ele estava profundamente envolvido, como todos sabemos, na restauração da aptidão física neste país.
“Por 20 anos, ajoelhei-me todas as manhãs e rezei para que Deus me colocasse em uma posição em que eu pudesse acabar com a epidemia de doenças crônicas infantis neste país”, disse Kennedy.
“Em 23 de agosto do ano passado, Deus me enviou o presidente Trump. Ele cumpriu todas as promessas que me fez. Ele cumpriu sua palavra em todas as contas e foi muito além disso. … Sou muito grato a você, Sr. Presidente.”
O senador Mitch McConnell, do Kentucky, foi o único republicano a votar contra a nomeação de Kennedy. McConnell, o antigo líder do GOP no Senado, teve poliomielite quando criança e é um grande defensor das vacinas.
Kennedy, o conhecido cético em relação às vacinas e defensor do meio ambiente que concorreu à Casa Branca em 2024 antes de desistir de sua candidatura e apoiar Trump, precisava de maioria simples para ser confirmado pelo Senado.
“Sou um sobrevivente da poliomielite infantil. Em minha vida, vi vacinas salvarem milhões de vidas de doenças devastadoras em toda a América e no mundo. Não vou tolerar o novo litígio de curas comprovadas, e nem milhões de americanos que creditam sua sobrevivência e qualidade de vida a milagres científicos”, disse McConnell após a votação de Kennedy.
Kennedy, cujas opiniões francas sobre a Big Pharma e a indústria alimentícia também geraram controvérsia, disse que pretende mudar o foco das agências que ele supervisionaria para a promoção de um estilo de vida saudável, incluindo a revisão das diretrizes alimentares, mirando nos alimentos ultraprocessados e chegando às causas raízes das doenças crônicas.
A iniciativa faz parte da campanha “Make America Healthy Again”.
Trump criticou Kennedy regularmente durante sua candidatura presidencial independente, acusando-o de ser um “liberal radical de esquerda” e um “democrata infiltrado”.
Kennedy revidou, afirmando em uma publicação nas redes sociais que as críticas de Trump contra ele eram “uma enxurrada pouco coerente de afirmações absurdas e imprecisas”.
No entanto, Kennedy voltou às manchetes em agosto, quando desistiu de sua candidatura presidencial e apoiou Trump.
Kennedy há muito se identificava como democrata e repetidamente invocava seu falecido pai, o ex-senador Robert F. Kennedy, e seu falecido tio, o ex-presidente John F. Kennedy, ambos assassinados na década de 1960. Nos últimos anos, Kennedy construiu relacionamentos com líderes de extrema direita devido, em parte, ao seu ceticismo de alto perfil em relação às vacinas.
