Nesta segunda-feira (17), a líder da oposição María Corina Machado denunciou a prisão de Javier Cisneros e Gabriel González, ambos colaboradores da campanha do ex-embaixador Edmundo González Urrutia na corrida presidencial da Venezuela. Com essas detenções, o número de jovens apoiadores antichavistas presos desde a última sexta-feira chega a cinco.
“Agora, o regime está criminalizando a rota eleitoral”, afirmou Machado aos jornalistas. Segundo ela, o total de opositores do governo de Nicolás Maduro presos neste ano já chega a 37, dos quais 20 estão diretamente ligados à equipe de campanha de Urrutia, que desafia Maduro nas eleições presidenciais marcadas para 28 de julho.
Machado explicou que Cisneros, líder da juventude de seu partido, Venha Venezuela (VV), e González, da equipe de comunicação do partido, foram presos enquanto faziam compras para o almoço, sendo levados para o Helicoide, local onde o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) mantém suas prisões.
“Eles estão sendo acusados de incitação ao ódio e associação para cometer crimes, simplesmente por apoiarem nosso candidato”, denunciou a líder opositora.
María Corina Machado reiterou que esses jovens são vítimas de prisões arbitrárias, sem terem cometido nenhum crime, em um contexto eleitoral marcado por condições que contrariam os padrões democráticos. Ela também acusou as autoridades de negarem acesso a advogados particulares para alguns dos detidos, enquanto os defensores públicos condicionam a liberdade dos antichavistas à culpabilização de Machado por supostos planos violentos.
Entre sexta-feira (14) e sábado (15), foram detidos os políticos Jeancarlos Rivas e Juan Iriarte, além do jornalista Luis López, todos associados à campanha de Urrutia.