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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Rastro de sangue: 137 mortos em ataque na Rússia, suspeita de conspiração internacional

Por Alexandre G.

O Kremlin anunciou neste sábado que 11 pessoas foram detidas, incluindo quatro indivíduos suspeitos de estarem armados, em relação ao tiroteio que resultou na morte de pelo menos 140 pessoas em uma sala de concertos próxima a Moscou. Embora o grupo militante islâmico Estado Islâmico tenha reivindicado a autoria do ataque ocorrido na sexta-feira, o mais mortal na Rússia em duas décadas, surgiram indícios sugerindo que a Rússia estava investigando uma possível conexão com a Ucrânia. Isso ocorreu apesar da negação do conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, de qualquer envolvimento ucraniano no incidente.

O Serviço Federal de Segurança (FSB) afirmou que “todos os quatro terroristas” foram capturados enquanto se dirigiam para a fronteira com a Ucrânia, acrescentando que tinham contatos no país vizinho. O grupo estava sendo transferido para Moscou. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, declarou no Telegram: “Agora sabemos para qual país esses indivíduos planejavam fugir: a Ucrânia”.

Um influente legislador russo, Andrei Kartapolov, afirmou que, se a Ucrânia estivesse de fato envolvida, a Rússia deveria responder de forma “digna, clara e concreta” no campo de batalha.

O Comitê de Investigação da Rússia relatou que o número de vítimas fatais do ataque aumentou para pelo menos 115, com homens armados disparando armas automáticas contra o público na Prefeitura de Crocus, próxima à capital. Alguns morreram devido a ferimentos à bala, enquanto outros sucumbiram a um grande incêndio que se seguiu ao ataque, provocado pelos agressores usando gasolina contida em mochilas.

Relatos sugerem que 28 corpos foram encontrados em um banheiro e 14 em uma escada. O meio de comunicação Baza, conhecido por sua boa relação com autoridades de segurança russas, afirmou que muitas vítimas foram encontradas abraçadas a seus filhos.

O chefe do FSB, Alexander Bortnikov, informou ao presidente Vladimir Putin que os detidos incluíam “quatro terroristas” e que o serviço estava trabalhando para identificar seus cúmplices.

Segundo relatos, os agressores fugiram em um veículo Renault, posteriormente localizado pela polícia na região de Bryansk, cerca de 340 quilômetros a sudoeste de Moscou. Dois suspeitos foram presos após uma perseguição de carro, enquanto outros dois escaparam para uma floresta, sendo posteriormente detidos.

Um vídeo autenticado mostrou o caos na sala de concertos, com tiros ecoando enquanto o público buscava fugir. Testemunhas descreveram a cena como repentina e aterrorizante. Autoridades de saúde confirmaram mais de 120 feridos e alertaram que o número de mortos poderia aumentar.

Autoridades em Moscou e em outras regiões prometeram apoio financeiro às famílias das vítimas e dos feridos, além de cobrir os custos dos funerais.

O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, alegando que seus combatentes atacaram nas proximidades de Moscou, causando devastação antes de retornar com segurança para suas bases. Os Estados Unidos, por sua vez, confirmaram a responsabilidade do ISIS pelo ataque, alertando previamente as autoridades russas sobre possíveis ameaças.

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