Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, declarou nesta sexta-feira (19) que as autoridades principais da União Europeia devem ser substituídas, pois não merecem ser reconduzidas após as eleições para o Parlamento Europeu.
O líder nacionalista está enfrentando uma das eleições mais desafiadoras em seus 14 anos de governo, com a economia do país em recessão e um escândalo de abuso que atinge diretamente seus valores familiares, além da entrada de um novo ator político que ameaça mudar o status quo.
Apesar desses desafios, o partido nacionalista Fidesz, liderado por Orbán, continua sendo o mais popular na Hungria. No entanto, a crítica pública de um ex-membro do governo, Peter Magyar, gerou um clima de incerteza adicional para as eleições.
Orbán, ao lançar a campanha do Fidesz para as eleições em toda a União Europeia, criticou a liderança atual da UE, argumentando que eles falharam e devem deixar seus cargos se não têm mais o apoio dos eleitores.
Além disso, Orbán criticou a política ocidental de apoio à Ucrânia contra a invasão russa, alertando que isso poderia levar a um conflito mais amplo se a UE não mudar de rumo. Suas discordâncias com os aliados da UE e dos EUA sobre questões como o fornecimento de armas para a Ucrânia e a manutenção de laços econômicos com a Rússia continuam.
A Hungria também está enfrentando disputas com a Comissão Europeia sobre reformas do estado de direito, o que resultou na suspensão de fundos da UE para o país.
