Os dados preliminares divulgados nesta terça-feira (02/04) pelo escritório federal de estatísticas, revelaram uma queda ligeiramente maior do que a esperada na inflação alemã em março.
A taxa de inflação na Alemanha recuou para 2,3% em março, comparado a um aumento de 2,7% em fevereiro nos preços ao consumidor alemães, ajustados para comparação com outros países da União Europeia.
Excluindo os preços voláteis dos alimentos e da energia, a inflação subjacente atingiu 3,3% em março.
Os economistas acompanham de perto os dados de inflação alemã, pois o país os divulga um dia antes dos números da inflação na zona do euro, previstos para quarta-feira (03/04).
Claus Vistesen, economista-chefe da zona do euro na Pantheon Macroeconomics, comentou: “A análise combinada dos dados da Alemanha, França, Itália e Espanha sugere que a inflação harmonizada na zona do euro ficará consideravelmente abaixo do consenso esta semana.”
Uma pesquisa da Reuters com economistas sugere que a inflação na zona do euro deverá permanecer em 2,6% em março, mantendo-se estável em relação ao mês anterior.
Para combater uma inflação em ascensão, o Banco Central Europeu (BCE) aumentou as taxas de juros para o nível mais alto na história do euro.
Christine Lagarde, presidente do BCE, expressou em março a expectativa de que a taxa de inflação na zona do euro continuará a diminuir, enquanto o crescimento econômico começará a acelerar ao longo do ano.
Um número crescente de formuladores de políticas do BCE tem defendido cortes nas taxas de juros, com a reunião de junho sendo vista como o momento mais provável para a ação, embora uma reunião também esteja agendada para este mês.