O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman não deve comparecer à cúpula do BRICS, promovida pela Rússia, no final deste mês, de acordo com o Kremlin, que disse que o maior exportador de petróleo do mundo seria representado pelo ministro das Relações Exteriores do Reino.
O BRICS, originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia e China, se expandiu nos últimos anos para incluir África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
O assessor de política externa do presidente Vladimir Putin, Yuri Ushakov, disse que nove dos 10 estados-membros do BRICS enviariam seus líderes, embora a Arábia Saudita enviasse seu ministro das Relações Exteriores, o príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, para a cúpula na cidade russa de Kazan.
Ele não deu uma razão para a esperada ausência do príncipe herdeiro, conhecido como MbS.
Ushakov disse que “o BRICS é uma estrutura que não pode ser ignorada”.
Ele disse que os membros do BRICS representam 45% da população mundial, cerca de 40% da produção de petróleo e cerca de um quarto das exportações globais de bens.
O termo BRIC foi cunhado pelo economista Jim O’Neill, do Goldman Sachs, em 2003 para descrever como as quatro economias emergentes do Brasil, Rússia, Índia e China provavelmente rivalizarão e ultrapassarão muitas das principais economias do Ocidente ao longo do próximo meio século.
Nas duas décadas desde então, o grupo se transformou em uma estrutura oficial, embora seu peso econômico seja em grande parte composto pela China, a segunda maior economia do mundo, e os críticos dizem que os principais membros do grupo têm objetivos contraditórios.