Keir Starmer repudiou os protestos anti-imigração realizados na capital do Reino Unido neste fim de semana
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, usou as redes sociais neste domingo, 14, para condenar a manifestação da direita conservadora britânica que reuniu uma multidão no último sábado, 13, em Londres.
A mobilização, organizada pelo jornalista Tommy Robinson, defendeu o freio à imigração ilegal, a liberdade de expressão e também homenageou o ativista conservador norte-americano Charlie Kirk, assassinado nesta semana.
Chamada de “Unite the Kingdom”, a passeata reuniu 3 milhões de pessoas, segundo os organizadores, e 110 mil, de acordo com estimativas da polícia. Autoridades informaram que ao menos nove pessoas foram presas por desviar da rota autorizada para tentar alcançar o contraprotesto “Stand Up to Racism”, que reuniu cerca de 5 mil militantes de esquerda. Houve registro de 26 policiais feridos durante os atos.
Em sua mensagem, Starmer disse que o direito de protestar pacificamente é fundamental, mas ressaltou que atos de violência não serão tolerados:
“As pessoas têm o direito de protestar pacificamente. É fundamental para os valores do nosso país. Mas não toleraremos agressões a policiais ou que cidadãos se sintam intimidados em nossas ruas por causa de sua origem ou cor de pele.”
O premiê destacou que a bandeira britânica simboliza diversidade e respeito, não podendo ser usada como símbolo de violência ou divisão.
Contraprotesto e clima de tensão
Para evitar confrontos diretos, a polícia montou cordões de isolamento na Rua Whitehall, separando os grupos de direita e esquerda. Enquanto a estimativa oficial foi de 110 mil pessoas no ato conservador, nas redes sociais circulam números muito superiores, chegando a 3 milhões de participantes.