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quinta-feira, 18 dezembro, 2025
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Porta-voz do Exército de Israel atribui atentado a discursos pró-Hamas

Por Alexandre Gomes

Governo da Austrália, onde 16 pessoas morreram depois de ataque antissemita, havia se posicionado a favor do Estado Palestino

O ataque à comunidade judaica da Austrália provocou críticas do governo israelense e, de forma indireta, das próprias Forças de Defesa de Israel (FDI) ao governo australiano.

Tudo porque a posição do primeiro-ministro Anthony Albanese, do Partido Trabalhista, de reconhecer neste momento o Estado Palestino, segundo esta visão, deixou a comunidade judaica vulnerável a ataques antissemitas.

Para Rafael Rozenszajn, major das FDI e porta-voz da reserva da instituição em língua portuguesa, a normalização do discurso dos terroristas provocou este atentado, que deixou 16 mortos.

“Esse atentado é fruto de todo um movimento que, nos últimos dois anos, buscou dar voz às mentiras do Hamas”, afirmou Rozenszajn. “Ao aceitar as narrativas de um grupo terrorista e legitimar sua causa, o ódio vai crescendo. Esse ataque na praia é mais um exemplo. Hamas, Hezbollah e Irã não vão descansar. Eles querem o fim de Israel.”

A Associação Judaica da Austrália pediu a renúncia de Albanese.

“Nada do que o Partido Trabalhista fizer trará de volta as vidas que foram tiradas”, declarou a entidade nas redes sociais. “Qualquer coisa que façam, que não seja apresentar a renúncia, será pouco e tarde demais. O momento de agir foi há muito tempo, após qualquer um dos muitos alertas que receberam. Não há fracasso maior do que falhar em manter a comunidade segura.”

No domingo 14, as 16 pessoas foram mortas quando terroristas abriram fogo numa celebração da festa judaica de Chanucá, na praia de Bondi, em Sydney.

Governo da Austrália e Estado Palestino

Albanese comanda um governo marcado por um distanciamento em relação a Israel. Cinco meses depois de assumir, em 2022, seu governo trabalhista reverteu uma decisão de 2018 da gestão antecessora, na qual o país passou a reconhecer Jerusalém Ocidental como a capital de Israel.

O reconhecimento de Jerusalém havia sido dado pelo governo de Scott Morrison, líder do Partido Liberal da Austrália, legenda conservadora de centro-direita.

Em setembro de 2025, antes do cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, a Austrália reconheceu formalmente o Estado da Palestina.

“Ao fazê-lo, a Austrália reconhece as aspirações legítimas e antigas do povo palestino de ter um Estado próprio”, afirmou Albanese em um comunicado, pouco depois do Reino Unido e do Canadá divulgarem anúncios similares.

Albanese relutou, mas reconheceu o ataque como um ato de terrorismo antissemita. Ele também mostrou preocupação em criar leis que limitem o número de armas que um proprietário licenciado pode adquirir.

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