Um influente legislador sugeriu à DW que um possível esquema poderia envolver não apenas cidadãos dos atuais membros da UE, mas também de países candidatos, oferecendo um caminho mais rápido para a cidadania alemã.
Marie-Agnes Strack-Zimmermann, membro do Partido Democrático Livre (FDP) e presidente da comissão de defesa do parlamento alemão, indicou que a proposta de permitir que estrangeiros sirvam no Bundeswehr (exército alemão) pode ser estendida a europeus de países fora da UE.
Ela destacou que candidatos da UE, do Reino Unido, ex-membro da UE, e da Suíça poderiam inicialmente ser considerados, mas também sugeriu a possibilidade de incluir países em negociações de adesão à UE.
Strack-Zimmermann pediu aos legisladores que pensassem de maneira mais ousada e europeia, enfatizando a colaboração em um contexto europeu e a ideia de um exército europeu a longo prazo.
A proposta, apresentada pelo Ministro da Defesa, Boris Pistorius, para abrir o Bundeswehr a não-alemães, recebeu apoio de vários partidos, mas permanecem dúvidas sobre a implementação do plano.
Strack-Zimmermann sugeriu que a capacidade de se alistar no exército alemão poderia se estender à NATO, dependendo dos desenvolvimentos políticos nos países membros individuais.
Ela também apontou que permitir que pessoas de outras nacionalidades sirvam na Bundeswehr, abriria oportunidades para residentes de longa data na Alemanha que não possuem cidadania alemã.
Quanto à prontidão para a guerra, Strack-Zimmermann acredita que é possível atingir os níveis de pessoal necessários dentro de cinco anos, em vez de oito, como sugerido pelo Ministro da Defesa.
O contexto geopolítico, especialmente a invasão russa na Ucrânia em 2022, tem levado os países europeus a reavaliar suas estratégias de defesa.