Um grupo bipartidário de parlamentares dos Estados Unidos, composto por membros do Partido Republicano e do Partido Democrata, apresentou na semana passada um projeto de lei visando aumentar a recompensa por informações que levem à prisão do ditador venezuelano Nicolás Maduro de US$ 15 milhões para impressionantes US$ 100 milhões.
A iniciativa é liderada pelo senador republicano Rick Scott, que informou que o novo valor da recompensa seria financiado com ativos já apreendidos de Maduro e outros representantes da ditadura, evitando assim o uso de recursos dos contribuintes americanos. Scott mencionou que, segundo o Ministério Público Federal da Flórida, os ativos confiscados do ditador e seus cúmplices totalizam cerca de US$ 450 milhões.
“Chegou a hora de a Venezuela ser libertada do regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro. Há anos, eu tenho insistido para que o governo Biden-Harris coloque toda a força do governo federal para pôr fim ao regime de Maduro, mas a gestão democrata se decidiu por um apaziguamento fracassado, que só enriqueceu e encorajou Maduro e seus aliados em Cuba, às custas do povo venezuelano”, afirmou Scott em um comunicado. Ele também ressaltou que, em 2020, o governo do então presidente Donald Trump fez a coisa certa ao oferecer uma recompensa de US$ 15 milhões, mas agora é necessário “aumentar a aposta”.
Em março de 2020, o Departamento de Estado dos EUA já havia oferecido uma recompensa de até US$ 15 milhões por informações que levassem à prisão de Maduro, após ele ser indiciado por um tribunal federal de Nova York por várias acusações, incluindo narcoterrorismo e conspiração para introduzir cocaína nos Estados Unidos.
Recentemente, um tribunal da Argentina também buscou a prisão de Maduro e outros membros da ditadura venezuelana, solicitando que o nome do ditador fosse incluído na lista vermelha da Interpol, o que poderia facilitar sua captura internacional.
A proposta de aumento da recompensa é vista como uma estratégia para pressionar ainda mais o regime de Maduro, que continua a enfrentar crescente oposição interna e condenação internacional por suas práticas autoritárias e violações dos direitos humanos.