Seis países europeus, incluindo Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Holanda, Suíça e Finlândia, decidiram suspender o financiamento para a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) no sábado. Essa decisão foi tomada em resposta a alegações de que alguns funcionários da agência estiveram envolvidos nos ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Essa medida se soma à anterior suspensão de financiamento pelos Estados Unidos, Austrália e Canadá, tornando-se uma resposta conjunta que impacta a agência crítica de apoio à população de Gaza.
A UNRWA, que desempenha um papel crucial na oferta de educação, saúde e serviços de ajuda aos palestinos em Gaza, na Cisjordânia, na Jordânia, na Síria e no Líbano, anunciou na sexta-feira a abertura de uma investigação e o corte de relações com os funcionários sob suspeita. No entanto, a decisão de suspender o financiamento de nove países, além das críticas do ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, ameaça o trabalho humanitário da UNRWA na região, especialmente em Gaza. A situação gera preocupações sobre a punição coletiva adicional para os palestinos e destaca as tensões políticas envolvidas nesse cenário complexo.
Enquanto a UNRWA enfrenta críticas e desafios em meio à suspensão de financiamento, as vozes contrárias, como o Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano e o grupo Hamas, denunciam o que consideram uma campanha israelita contra a agência. A situação também levanta questões sobre o futuro da assistência humanitária na região, com apelos para a reversão imediata da decisão por parte dos países doadores.