O governo do presidente Daniel Ortega, está sendo acusado de cometer “abusos e crimes” para silenciar a oposição e reprimir a mobilização social, revela relatório apresentado pelo Grupo de Direitos Humanos sobre a Nicarágua.
O relatório enfatiza que a situação piorou devido à consolidação do poder nas mãos de Ortega e de sua esposa, Rosario Murillo, especialmente no poder judicial.
Ortega deve prestar contas à comunidade internacional, exige o presidente do grupo de especialistas, Jan Simon.
Desde os protestos violentamente reprimidos em 2018, o governo libertou e deportou 222 presos políticos para os EUA, retirando-lhes a nacionalidade, enquanto 94 dissidentes no exílio também perderam a cidadania.
O fechamento de 3.500 ONGs desde 2018 e a centralização do poder garantem impunidade aos agressores e dificultam os esforços para responsabilizá-los, alerta a especialista Ariela Peralta.
Ortega, no poder desde 2007, enfrenta condenações internacionais devido à sua tendência autoritária, com a ONU instando a comunidade internacional a tomar medidas imediatas, incluindo o reforço das sanções contra violadores dos direitos humanos.