O Exército de Israel declarou à Folha de S. Paulo que “a paciência acabou” em relação ao Hezbollah, enfatizando que as ações recentes visam evitar novos ataques similares ao ocorrido em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um dos maiores ataques contra Israel em 50 anos. O major Rafael Rozenshein, porta-voz das IDF (Forças de Defesa de Israel), afirmou que a paciência foi mantida por 11 meses, mas que agora é necessário agir contra o Hezbollah para prevenir um novo ataque em larga escala.
O major destacou que, embora os ataques anteriores tenham deixado centenas de mortos, a situação ainda não havia escalado para uma guerra aberta, como a de 2006, devido ao receio de consequências existenciais e do envolvimento de forças americanas. Ele afirmou que a ação mais recente teve como alvo a elite do Hezbollah, a Força Radwan, que planejava infiltrações em Israel.
Embora os ataques tenham deixado um rastro de destruição, Rozenshein evitou confirmar detalhes de ações específicas, embora analistas concordem que a recente escalada tenha “DNA israelense”. Ele criticou a cobertura da mídia que descreve as ações israelenses como uma escalada, argumentando que qualquer país soberano que enfrentasse ataques constantes precisaria se defender.
Desde o início da nova fase do conflito, o Hezbollah disparou mais de 5.000 foguetes, mísseis e drones contra Israel, mas ainda mantém seus armamentos mais avançados em reserva. Rozenshein ressaltou que a luta de Israel se estende por várias frentes, unindo diferentes grupos que têm um objetivo comum: a destruição do Estado de Israel.