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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Os discursos patéticos de Lula e Gustavo Petro na Assembleia-Geral da ONU: Omissões e incoerências

Por Alexandre Gomes

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Gustavo Petro, da Colômbia, ofereceram discursos notavelmente fracos na Assembleia-Geral da ONU, em 24 de setembro. Ambos criticaram Israel por conflitos em Gaza e no Líbano, comentaram sobre a guerra na Ucrânia e a crise no Sudão, mas ignoraram completamente a crise humanitária em sua própria vizinhança: a Venezuela.

Com cerca de 8 milhões de venezuelanos forçados a fugir do regime ditatorial de Nicolás Maduro — representando mais de 20% da população — a crise na Venezuela é uma das maiores emergências de refugiados do mundo, afetando diretamente os países vizinhos, incluindo Colômbia e Brasil. No entanto, tanto Lula quanto Petro falharam em mencionar o colapso humanitário causado por Maduro ou a fraude eleitoral que perpetua seu regime autoritário.

Omissão vergonhosa de uma crise próxima

A Venezuela, nos últimos anos, tem sido palco de repressão brutal, fraudes eleitorais e assassinatos de manifestantes, mas Lula e Petro evitaram mencionar qualquer crítica ao regime de Nicolás Maduro. Petro, que já foi acusado de simpatizar com Maduro, focou sua retórica em conflitos distantes, incluindo duras críticas a Israel, acusando o país de genocídio, mas sem mencionar o fato de que o grupo terrorista Hamas tem como objetivo declarado a destruição de Israel.

Lula, por sua vez, centrou-se em uma proposta de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia, uma iniciativa que favorece amplamente a Rússia, de acordo com o presidente ucraniano Volodmir Zelenski. O presidente brasileiro também criticou Israel, mesmo após reconhecer que o Hamas iniciou as recentes hostilidades.

Contradições e perda de foco

As posições de Lula e Petro são ainda mais paradoxais, dado que seus próprios países são diretamente impactados pela crise venezuelana. A Colômbia acolheu 2,4 milhões de venezuelanos, e o Brasil mais de 500 mil, segundo dados da ONU. No entanto, ambos os líderes parecem mais interessados em se apresentar como mediadores em conflitos distantes, onde têm pouca ou nenhuma influência, enquanto ignoram a catástrofe humanitária que desestabiliza a América Latina.

Enquanto outros líderes reconhecem a crise, Lula e Petro se calam

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em seu discurso na ONU, mencionou a situação na Venezuela, condenando a repressão do regime de Maduro. Líderes de países como Argentina e Guatemala também apontaram as violações de direitos humanos na Venezuela. Esses líderes demonstraram uma compreensão clara da gravidade da crise que afeta diretamente a América Latina.

A ausência de qualquer menção à Venezuela nos discursos de Lula e Petro é um triste reflexo de suas prioridades políticas. Enquanto seus países lutam para lidar com o fluxo crescente de refugiados venezuelanos, seus líderes preferem tentar resolver crises globais que estão além de seu alcance, em vez de confrontar diretamente a maior crise humanitária da região.

Em vez de se posicionarem como protagonistas em conflitos globais distantes, Lula e Petro deveriam concentrar seus esforços em restaurar a democracia na Venezuela e aliviar o sofrimento que afeta milhões de pessoas em suas próprias fronteiras.

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