O partido BoerBurgerBeweging (BBB), representante dos agricultores ativistas, faz história ao ingressar no governo, promovendo uma guinada nas políticas agrícolas do país. Nascido após os protestos de 2019 contra planos de redução de emissões, o BBB garantiu sua presença na coalizão governamental, o que poderá impactar não só as políticas internas, mas também as da União Europeia.
O manifesto de 26 páginas detalha o compromisso com a agricultura, colocando os agricultores no centro das políticas, baseando-se em práticas eficazes e consultas regulares com organizações agrícolas. Além disso, a mudança no nome do Ministério da Agricultura reflete o novo enfoque no setor alimentar.
Uma das maiores mudanças será na política de azoto, campo crucial para os agricultores. Ao contrário das propostas anteriores de redução drástica na produção animal, não haverá metas de redução de efetivo pecuário ou expropriações forçadas. As novas medidas visam alcançar normas mais exequíveis em conformidade com a UE e uma aplicação eficiente de estrume nas terras aráveis.
O governo também se compromete a facilitar o acesso à terra para jovens agricultores e a desenvolver novos modelos de rendimento na cadeia alimentar. Essas mudanças podem influenciar as políticas da UE, alinhando normas de azoto com países vizinhos e revisando as zonas protegidas sob a rede Natura 2000.
O novo governo neerlandês também trabalhará para proibir importações de produtos que não podem ser produzidos localmente, garantindo equidade nos acordos comerciais internacionais. Essas medidas sinalizam uma mudança significativa na abordagem agrícola dos Países Baixos e podem ter um impacto duradouro na política europeia.
Por fim o que fica claro, é que a esquerda depois de meses de protestos dos agricultores, perdeu espaço. As eleições da UE, devem dar o comando a direita, enterrando de vez a agenda 2030, que hoje já não passa de uma narrativa.
