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quarta-feira, 27 novembro, 2024
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Netanyahu propõe plano radical para retomada de Gaza após guerra

Por Marina B.

Atualmente, Gaza recebe aproximadamente 62 caminhões de ajuda alimentar por dia, o que representa uma quantidade significativamente menor do que os 200 que Israel permite.

Na quinta-feira à noite, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou um documento ao gabinete de segurança, delineando os princípios para a gestão de Gaza em um cenário pós-guerra. O documento propõe o afastamento do controle do Hamas sobre a região.

Entretanto, a entrega de ajuda humanitária a Gaza foi interrompida devido aos ataques israelenses contra membros das forças de segurança do Hamas, informou o coordenador humanitário da ONU, James McGoldrick.

Segundo relatos de agências internacionais, os oficiais do Hamas, encarregados de garantir a segurança dos comboios em Gaza, se retiraram da passagem de Rafah devido aos ataques, resultando em motoristas de caminhão sendo roubados e até mesmo baleados.

De acordo com o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU, apenas cerca de 62 caminhões conseguem entrar em Gaza por dia. Isso representa uma fração dos 200 que Israel permite, equivalente a apenas 12% dos 500 caminhões necessários diariamente, conforme estimado por agências humanitárias.

A Organização Mundial de Saúde alertou que, devido à escassez de recursos e suprimentos básicos, Gaza corre o risco de enfrentar um aumento nas mortes decorrentes de doenças infecciosas.

Enquanto isso, o Tribunal Internacional de Justiça continua suas audiências e mais países apresentam queixas contra as autoridades israelenses. Em meio a isso, a Associação dos Centros Israelenses de Crise de Violações publicou um relatório detalhando agressões sexuais sistemáticas e intencionais contra cidadãos israelenses no ataque do Hamas em 7 de outubro. O relatório se baseia em entrevistas confidenciais e públicas, bem como em relatórios da mídia e fontes confidenciais.

A ONU afirmou que considera “credíveis” as alegações de agressão sexual cometidas por soldados israelenses contra mulheres e meninas palestinas em Gaza e na Cisjordânia, citando provas de pelo menos dois casos de estupro, além de outros incidentes de humilhação e ameaças sexuais.

Apesar da situação, há uma leve esperança de um cessar-fogo, com o Ministério da Defesa de Israel concordando em enviar uma delegação para as negociações sobre prisioneiros em Paris. O ministro da Defesa, Benny Gantz, destacou “sinais promissores de progresso”, enquanto os diplomatas americanos descreveram as conversas como “progressivas” e “encorajadoras”.

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