No Cairo, um representante do Hamas relatou na segunda-feira que não houve avanço em uma nova rodada de negociações de cessar-fogo em Gaza, realizada no Cairo e que contou com a participação de delegações de Israel, Catar e EUA. Isso ocorreu pouco depois de fontes egípcias indicarem progresso na agenda discutida.
As nações ocidentais expressaram forte descontentamento com o elevado número de vítimas civis palestinas e com a crise humanitária em Gaza resultante dos ataques militares de Israel contra o Hamas na densamente povoada região de Gaza.
No domingo, equipes de Israel e do Hamas viajaram para o Egito, após a chegada do diretor da CIA, William Burns, no sábado, o que evidenciou a crescente pressão dos EUA por um acordo que visasse libertar reféns mantidos em Gaza e fornecer assistência aos civis feridos.
Um representante do Hamas afirmou à Reuters: “A posição de ocupação não mudou, portanto, não há novidades nas discussões em Cairo. Não há progresso até o momento”.
Seis meses após a ofensiva contra o Hamas, que deixou a maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza desabrigados e muitos enfrentando risco de fome, Israel também expressou cauteloso otimismo sobre as negociações mais recentes.
Em Jerusalém, durante o fim de semana, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, descreveu as negociações no Cairo como as mais promissoras desde a trégua de novembro, quando o Hamas libertou vários reféns.
No dia 7 de outubro, durante uma onda de ataques transfronteiriços no sul de Israel, que desencadeou o conflito, o Hamas deteve 253 pessoas, permanecendo 129 reféns até hoje. Os negociadores discutem a possível libertação de cerca de 40 deles como parte de um acordo.
Fontes de segurança egípcias e o Al-Qahera News relataram progresso nas negociações no Cairo. Concessões foram feitas por ambas as partes, visando um acordo de cessar-fogo escalonado em três etapas, incluindo a libertação de reféns israelenses restantes e um cessar-fogo de longo prazo.
As discussões no Cairo foram concluídas, e as consultas devem ser retomadas dentro de 48 horas, de acordo com fontes egípcias e o Al-Qahera.