Os 23 membros da tripulação de um navio de carga com bandeira do Bangladesh, que foi abordado por piratas ao largo da costa da Somália esta semana, foram feitos reféns. Um navio da União Europeia está agora seguindo o navio enquanto este se dirige para a costa, conforme anunciado pelas autoridades de segurança marítima da UE na quarta-feira.
O MV Abdullah foi sequestrado, conforme relatado inicialmente pelos militares britânicos na terça-feira (12), cerca de 1.100 quilômetros a leste de Mogadíscio, a capital costeira da Somália.
Um navio da UE, destacado como parte da Operação ATALANTA, está “seguindo” o navio de carga, conforme declarado em um comunicado da força da UE.
“Os piratas capturaram e mantêm como reféns a tripulação de 23 membros”, afirmou o comunicado. “A tripulação está segura e a situação ainda está em andamento. O navio está se dirigindo para a costa da Somália.”
Vinte assaltantes armados assumiram o controle do navio enquanto ele navegava de Maputo, capital de Moçambique, para Hamriya, nos Emirados Árabes Unidos, de acordo com a Ambrey, uma empresa britânica de segurança marítima.
O navio pertence à empresa de Bangladesh SR Shipping Lines, uma subsidiária do Grupo Kabir Steel e Rerolling Mill, sediada em Chattogram, conforme informou o consultor de mídia da empresa, Mizanul Islam, à imprensa local de Bangladesh.
Embora a pirataria ao largo da costa da Somália tenha diminuído após um pico em 2011, preocupações sobre novos ataques aumentaram nos últimos meses.
Em dezembro, pelo menos dois incidentes foram relatados, um dos quais envolveu um navio mercante apreendido por indivíduos fortemente armados perto da cidade de Eyl, na costa da Somália. O outro incidente envolveu um navio mercante de bandeira maltesa, que foi sequestrado recentemente no Mar da Arábia e levado para a mesma área ao largo da costa da Somália.
Os casos de pirataria nas águas ao largo da Somália atingiram um pico em 2011, com mais de 160 ataques registrados pela ONU. Desde então, os incidentes diminuíram significativamente, em grande parte devido à presença das marinhas dos Estados Unidos e de seus aliados em águas internacionais.
