Nesta sexta-feira (2), o partido da líder da oposição venezuelana María Corina Machado, Venha Venezuela, denunciou um assalto à sua sede durante a madrugada. Seis homens armados e encapuzados renderam os guardas e roubaram equipamentos e documentos.
A legenda publicou em sua conta na rede social X: “Urgente. Assalto às 3h da manhã com armas de fogo em El Bejucal, sede nacional do Comando Con Venezuela e escritório de María Corina Machado. Seis homens encapuzados e sem identificação dominaram os seguranças, ameaçaram-nos e começaram a vandalizar, arrombar portas e levar equipamentos e documentos.”
A postagem inclui dois vídeos e uma foto e denuncia “a investida e a insegurança” enfrentadas pelos membros do partido devido a “razões políticas”.
Com o apoio de seu partido, Machado liderou a campanha do candidato da maior coalizão opositora, Edmundo González Urrutia, que, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais, atrás do presidente Nicolás Maduro por uma diferença de 704.114 votos, com ainda mais de 2 milhões de votos a serem contados.
O CNE alegou ter sofrido um ataque cibernético, mas isso não impediu a declaração da vitória irreversível de Maduro, conforme afirmou o presidente do CNE, Elvis Amoroso, na noite de domingo (28). Desde então, não foram divulgados mais boletins com informações sobre a totalização das atas.
Essa situação gerou protestos em vários estados desde segunda-feira (29). As forças de segurança reprimiram as manifestações, resultando, segundo dados oficiais, em mais de 1.200 detidos, com diversas acusações criminais. Além disso, foram registradas 12 mortes, incluindo um membro das Forças Armadas, número que a oposição eleva para 16.