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domingo, 22 setembro, 2024
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Macron ignora crise: Um mês sem governo e sem solução

Por Marina B.

A manchete do jornal Libération estampou uma foto de Macron sorridente e fazendo o sinal de positivo, com o título “Um mês sem governo. Chega de jogo”. O diário critica o presidente por, segundo eles, “esnobar” a esquerda e por atrasar a nomeação de um novo primeiro-ministro.

Libération ironiza que “Júpiter não quer mais descer do Olimpo”, referindo-se ao apelido de Macron, conhecido por seu comportamento autoritário e frequentemente considerado arrogante. Macron havia prometido anunciar um novo primeiro-ministro após o término dos Jogos Olímpicos, mas, três dias depois da cerimônia de encerramento, o silêncio persiste no Palácio do Eliseu, enquanto o líder centrista “flerta com os limites da Constituição”, segundo o jornal.

Orçamento e Impasse

Le Figaro destaca que o principal desafio pós-férias será o orçamento para o próximo ano. O jornal lembra que em setembro, Paris precisará apresentar à União Europeia um plano para reduzir a dívida e o déficit nos próximos sete anos. Serão necessários entre €20 bilhões e €30 bilhões em economias, um “esforço sem precedentes”, enfatiza o diário. No entanto, até agora, não há um governo para elaborar o plano nem uma maioria parlamentar para aprová-lo, aponta o Le Figaro.

Proposta de União e Críticas

“A Busca por uma Maioria Impossível” é a manchete do Les Echos. O jornal aborda a proposta do primeiro-ministro Gabriel Attal, que está prestes a deixar o cargo, de formar uma grande união entre a direita e a esquerda na Assembleia Nacional para superar o impasse. No entanto, Attal exclui dois partidos do seu apelo: o Reunião Nacional, de extrema-direita, e o França Insubmissa, de esquerda radical.

As propostas de Attal incluem medidas solicitadas pela direita, como o reforço da segurança e a reforma do seguro-desemprego, além de iniciativas da esquerda, como a luta contra a pobreza. Contudo, a proposta é amplamente criticada e vista por parlamentares progressistas como “mais do mesmo”. Uma fonte anônima do governo consultada pelo Les Echos considera as propostas de Attal “vagas” e com o único objetivo de “continuar ocupando o espaço”.

“A Festa Acabou para Macron”

Le Parisien destaca em sua manchete que “Para Macron, a festa terminou”. O diário lembra que, mesmo durante os Jogos Olímpicos, o bloco de esquerda Nova Frente Popular continuou insistindo na indicação de Lucie Castets para o cargo de primeira-ministra. A tradição republicana francesa estabelece que, após as eleições legislativas, o nome do chefe de governo deve ser escolhido pelo vencedor da votação.

Le Parisien observa que outros nomes para o cargo de primeiro-ministro estão sendo discutidos nos bastidores do governo, nenhum deles vindo do bloco de esquerda. O diário alerta que há um grande risco de que a nomeação de uma figura próxima a Macron para o cargo de premiê seja rejeitada na primeira votação pela nova Assembleia Nacional.

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