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quinta-feira, 10 outubro, 2024
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Macron aceita demissão de Attal: França entra em crise política

Por Marina B.

O presidente francês, Emmanuel Macron, aceitou na tarde desta terça-feira a demissão do primeiro-ministro, Gabriel Attal.

Apesar disso, Attal e o restante do governo continuarão em funções até que um novo primeiro-ministro seja nomeado. Attal pode permanecer no cargo durante o início dos Jogos Olímpicos, que começam em 26 de julho em Paris.

Com isso, o executivo francês passa a ser um governo demissionário, que não pode ser derrubado por uma moção de censura e tem poderes limitados.

Attal e outros ministros serão responsáveis apenas por gerenciar os assuntos correntes para garantir a continuidade do Estado, sem tomar nenhuma medida política de fundo durante este período interino.

Essas limitações podem ser problemáticas se o período de transição para um novo governo for prolongado. Isso é uma possibilidade real, considerando a dificuldade dos partidos na Assembleia Nacional em chegar a um consenso para apresentar um novo primeiro-ministro.

Candidata da sociedade civil

Vários partidos da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), que conseguiu o maior número de votos nas legislativas, chegaram a um consenso na noite de segunda-feira: socialistas, ecologistas e comunistas propuseram o nome de Laurence Tubiana para primeira-ministra.

Tubiana é uma economista de 73 anos. Nos últimos anos, tem estado envolvida em questões ambientais: preside à Fundação Europeia do Clima, depois de ter sido Representante Especial de França na Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas de Paris em 2015.

Tubiana foi apresentada como uma candidata da sociedade civil, mas a proposta não está sendo bem recebida pela direção do partido La France Insoumise, que faz parte da NFP.

De acordo com o jornal Le Monde, os presidentes dos grupos parlamentares que estão propondo Tubiana vão também entrar em negociações com outros grupos parlamentares, com exceção do Rassemblement National de Le Pen e dos Republicanos de Éric Ciotti. O objetivo é criar um “cordão sanitário” impedindo a participação da direita na decisão.

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