Líderes da União Europeia definirão vários prazos para um mercado único mais profundo, mais capital para investimentos e um mercado de energia unificado, de acordo com o rascunho das conclusões de uma cúpula em novembro focada no esforço do bloco para aumentar sua competitividade.
Os líderes, que se reúnem em Budapeste em 8 de novembro, estão respondendo aos alertas de que a União Europeia ficará atrás dos Estados Unidos e da China na corrida tecnológica global sem decisões rápidas e investimentos massivos.
No rascunho das conclusões vistas pela Reuters, que podem mudar antes ou durante a cúpula, os líderes “enfatizarão a extrema urgência de uma ação decisiva” para enfrentar uma nova realidade geopolítica e desafios cada vez mais complexos.
Os líderes pedirão à Comissão Europeia que apresente propostas até junho de 2025 para aprofundar o mercado único da UE, um dos maiores ativos econômicos da UE, mas ainda cercado de barreiras, especialmente no setor de serviços.
Eles vão pedir a integração dos mercados de capital europeus até 2027, o que pode ajudar a direcionar cerca de 33 trilhões de euros (US$ 35,7 trilhões) de poupança privada para a economia real. Agora, cerca de um terço disso é mantido em contas correntes.
O projeto de conclusões destaca a harmonização das leis nacionais de insolvência e a convergência da supervisão, duas questões sobre as quais os membros da UE discordam.
As conclusões orientam a próxima Comissão, que pode tomar posse em dezembro, a apresentar uma estratégia para indústrias competitivas, incluindo regras antitruste atualizadas e melhor acesso a minerais essenciais, além de propostas para financiar a indústria de defesa da Europa.
Espera-se que os líderes solicitem propostas à Comissão até meados de 2025 para fortalecer as capacidades da UE em tecnologia quântica e IA e para acelerar a digitalização em todos os setores.
O rascunho das conclusões visa a criação até 2027 de uma união energética, o que aumentaria o fluxo de energia limpa no bloco com os objetivos de reduzir preços, garantir a segurança energética e assegurar a neutralidade climática até 2050.
Além de pedir mais legislação, o rascunho das conclusões inclui uma meta de reduzir o fardo de relatórios para as empresas em pelo menos 25%. As empresas dizem que a burocracia está entre os principais obstáculos para fazer negócios na Europa.