O posicionamento do Hamas e suas motivações são temas complexos e controversos. Enquanto alguns ao redor do mundo veem o grupo como uma resistência palestina que busca a criação de um Estado, declarações do próprio líder, Ismail Haniyeh, durante a Conferência da União Internacional de Acadêmicos Muçulmanos (IUMS) em Doha, Catar, sugerem uma perspectiva diferente.
Durante o evento, Haniyeh afirmou que a atual guerra contra Israel, não é travada exclusivamente em nome do povo palestino, da Faixa de Gaza ou do povo de Gaza. Segundo suas palavras, o conflito tem como foco Jerusalém e a Mesquita de Al-Aqsa. Essa declaração destaca uma ênfase específica em questões religiosas e territoriais, em detrimento de uma abordagem estritamente nacionalista.
A admissão do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em rede nacional, de que a atual guerra não é travada em defesa do povo palestino, da Faixa de Gaza ou do povo de Gaza, mas sim por Jerusalém e a Mesquita de Al-Aqsa, é profundamente preocupante e reveladora. Em meio aos conflitos e tensões na região, é lamentável constatar que a prioridade declarada não é a segurança e o bem-estar do povo, mas sim questões específicas e, em alguns aspectos, simbólicas. Tal posicionamento coloca em risco não apenas a vida dos palestinos, mas também a busca por uma solução pacífica e justa para todas as partes envolvidas. A comunidade internacional deve estar atenta a essas revelações, buscando compreender as implicações dessa postura para a busca de uma paz duradoura na região.