O líder da oposição venezuelana Edmundo Gonzalez, que afirma ter vencido a eleição presidencial de julho e é reconhecido por vários países como presidente eleito, disse na segunda-feira que teve uma reunião proveitosa com o presidente dos EUA, Joe Biden, e conversou longamente com o conselheiro de segurança do presidente eleito Donald Trump.
“O povo da Venezuela merece uma transferência pacífica de poder para o verdadeiro vencedor de sua eleição presidencial”, disse Biden no X, dizendo que Gonzalez deve prestar juramento de posse em quatro dias, quando o atual presidente Nicolás Maduro deve iniciar oficialmente seu terceiro mandato.
A visita de González a Washington acontece como parte de uma viagem regional poucos dias antes de Maduro, reconhecido pelo tribunal superior e pela autoridade eleitoral da Venezuela como o vencedor da eleição, tomar posse em 10 de janeiro.
“Tivemos uma conversa longa, proveitosa e cordial com o presidente Biden e sua equipe”, disse Gonzalez aos jornalistas após se encontrar com Biden na Casa Branca.
O governo venezuelano disse em um comunicado que era “grotesco” que Biden estivesse apoiando um “projeto violento” para usurpar a democracia do país.
A oposição publicou contagens detalhadas de votos que, segundo ela, mostram uma vitória retumbante para Gonzalez, e observadores internacionais disseram que a votação foi injusta. O governo não publicou contagens detalhadas de votos.
Mais tarde, à tarde, Gonzalez disse no X que teve uma longa reunião com Mike Waltz, conselheiro de segurança nacional de Trump.
“Entre vários assuntos que conversamos em detalhes estava o protesto cívico dos venezuelanos neste 9 de janeiro”, acrescentou Gonzalez. “Ele garantiu que os Estados Unidos e o mundo estarão alertas sobre o que acontece em nosso país.”
O governo de Maduro disse repetidamente que a prisão de González, que vive exilado na Espanha, será solicitada caso o líder da oposição entre na Venezuela.