A sessão do tribunal que envolvia o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, Christian Brückner, foi abruptamente interrompida nesta sexta-feira. Brückner estava sendo julgado por acusações de estupro e exposição indecente quando a controvérsia surgiu.
O primeiro dia do julgamento, que aconteceu em um tribunal alemão, foi marcado por caos depois que foi descoberto que uma das juízas leigas, Britta Thielen-Donckel, havia postado nas seus redes sociais, pedindo a morte do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Sendo assim, a juíza presidente decidiu que essas postagens tornavam Thielen-Donckel inadequada para participar do julgamento.
Como resultado, o julgamento foi adiado até 23 de fevereiro, enquanto um magistrado substituto é encontrado para o caso.
As acusações contra Brückner incluem três de violação e duas de abuso sexual infantil. Ele já cumpre pena de sete anos por estuprar um aposentado americano na cidade turística do Algarve, onde Madeleine desapareceu em 2007.
Os promotores alemães e portugueses apontaram Brückner como o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine, embora ele tenha negado qualquer envolvimento e ainda não tenha sido formalmente acusado.
Brückner enfrenta múltiplas acusações adicionais de estupro e abuso sexual, algumas das quais envolvem filmagens dos crimes. Se condenado, ele poderá receber uma sentença máxima de 15 anos, além da pena atual que terminará em 2027.
No entanto, Brückner e seu advogado, Friedrich Fulscher, estão buscando uma absolvição total de todas as acusações. Brückner expressou sua frustração com o novo julgamento, chamando-o de “ridículo”.
O desaparecimento de Madeleine McCann em maio de 2007 continua sendo um mistério, embora os promotores alemães acreditem que ela esteja morta.
