O sistema antimísseis de Israel, conhecido como Domo de Ferro, interceptou 50 foguetes lançados pelo Hezbollah na madrugada deste domingo, 4. Em meio à crescente tensão no Oriente Médio, o grupo terrorista libanês, apoiado pelo Irã, disparou dezenas de foguetes Katyusha contra a vila de Beit Hillel, no extremo norte de Israel.
Imagens nas redes sociais mostram o Domo de Ferro interceptando vários mísseis. De acordo com autoridades israelenses, os foguetes caíram em áreas desabitadas, com um projétil atingindo uma área da vila sem causar feridos. Em retaliação, o Exército de Israel bombardeou o local de onde os foguetes foram lançados.
A ofensiva do Hezbollah foi uma resposta aos ataques aéreos israelenses no sul do Líbano, que, segundo os terroristas, resultaram em vítimas civis, incluindo duas crianças. O Exército de Israel informou que eliminou Faud Shukr, comandante do Hezbollah responsável por um ataque letal nas Colinas de Golã.
Apesar da atuação do Domo de Ferro, a tensão na fronteira de Israel permanece elevada. Os foguetes lançados neste domingo não parecem representar a grande retaliação prometida pelo Hezbollah após a morte de Shukr. Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há quase dez meses, a fronteira norte de Israel tem sido palco de intensas hostilidades, com o Hezbollah agindo em “solidariedade” ao Hamas.
Embora a situação não tenha escalado para um conflito mais amplo, os temores aumentaram recentemente. Após a morte de Shukr, uma explosão em Teerã neutralizou Ismail Haniyeh, líder político do Hamas. Irã, Hamas e Hezbollah acusaram Israel e prometeram retaliações severas.
Autoridades israelenses afirmam que a morte de Shukr foi uma resposta a um ataque com foguetes que matou 12 crianças e adolescentes em Israel, o que o Hezbollah nega. No caso de Haniyeh, Israel não assumiu publicamente a autoria dos disparos.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o país tem “o dever de buscar vingança”, e o chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, mencionou uma “resposta inevitável”. Israel declarou estar preparado para qualquer cenário, defensivo ou ofensivo.
Na sexta-feira passada, os Estados Unidos, principais aliados de Israel, reforçaram sua presença militar no Oriente Médio, enviando caças e navios de guerra para a região. Com o agravamento da situação, Suécia, EUA, Reino Unido, França e Jordânia recomendaram que seus cidadãos deixassem o Líbano imediatamente. O Ministério das Relações Exteriores da França também pediu a saída urgente dos franceses do Líbano e do Irã. O Canadá já havia recomendado a saída de seus cidadãos do Líbano em junho e, no sábado 3, pediu que evitassem viagens a Israel.