Israel tomou a medida extraordinária de declarar António Guterres, secretário-geral da ONU, como “persona non grata”, proibindo sua entrada no país. A decisão foi anunciada pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, que afirmou que Guterres será lembrado como “uma mancha na história da ONU”.
Katz criticou Guterres por não condenar de forma inequívoca os ataques do Irã a Israel e por não ter denunciado as atrocidades cometidas pelo Hamas. Ele destacou que Guterres não merece pisar em solo israelense por não ter se posicionado claramente contra os atos de violência.
Embora Guterres tenha condenado os atos terroristas do Hamas em 7 de outubro, suas declarações sobre a situação dos palestinos, que incluem críticas à ocupação israelense, geraram descontentamento em Israel. Em um discurso anterior, ele havia destacado que os ataques do Hamas não ocorreram em um vácuo e que os palestinos enfrentaram anos de ocupação e violência.
Essa declaração de persona non grata não é um caso isolado; em fevereiro, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva também foi considerado “indesejado” por Israel após fazer comparações controversas entre a situação dos palestinos e o Holocausto.
Essa situação evidencia as tensões entre Israel e a ONU, refletindo um ambiente de crescente animosidade entre o governo israelense e aqueles que criticam suas políticas em relação aos palestinos. A repercussão dessa decisão e a posição de Guterres no cargo certamente continuarão a ser temas de debate internaciona
