Gideon Saar, ministro israelense das Relações Exteriores, comentou a conexão entre os grupos criminosos durante visita ao Paraguai
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, declarou que a Venezuela atua como elo sul-americano para os grupos terroristas Hezbollah, Hamas e os houthis do Iêmen. Ele comentou a mediação que o regime chavista faz entre os terroristas e o narcoterrorismo durante um evento no Congresso do Paraguai nesta segunda-feira, 24, segundo informações da agência EFE.
Saar afirmou que, “na América do Sul, criminosos estão formando alianças de narcoterrorismo com o Oriente Médio. O elo dessa rede é a Venezuela”, segundo tradução oficial do discurso. Ele também declarou que a Venezuela “desestabilizou a região ao provocar uma crise de refugiados” e que serve de base para “operações de terror do Hezbollah”.
O ministro argumentou que o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, já afirmou publicamente que o país faz parte do “eixo da resistência”. Saar ressaltou que Israel enfrenta atualmente três “Estados terroristas” no Oriente Médio: Hezbollah, no Líbano; Hamas, em Gaza; e Houthi, no Iêmen. “Não se trata apenas de organizações terroristas”, enfatizou.
🚨📛Israel acusa a Venezuela de ser un nexo de Hizbulá y Hamás en Suramérica
_🌎 El canciller de Israel, Gideon Saar, afirmó en Paraguay que Venezuela funciona como “nexo” en Suramérica para Hizbulá, Hamás y los hutíes, grupos señalados como organizaciones terroristas por… _pic.twitter.com/E5CvcUFZRZ
_— EVTV (@evtvmiami) _November 25, 2025
Segundo Saar, esses países “cooperam entre si como uma rede de terrorismo”, e essa colaboração já teria ultrapassado o Oriente Médio, com presença crescente na África, na América Latina e em outros continentes. “Hoje, os Estados terroristas não se concentram apenas nas áreas sob seu controle, mas ameaçam a região e o mundo”, afirmou Saar, conforme registrado pela EFE.
A viagem de Saar marca a primeira visita oficial do ministro israelense ao Paraguai, acompanhado por uma delegação de empresários. A agenda inclui reuniões com o presidente do país, Santiago Peña, e com o ministro das Relações Exteriores, Rubén Ramírez. Saar também prevê visitar a Argentina depois dos compromissos em Assunção.
Chanceler da Venezuela nega acusações
O chanceler venezuelano, Yván Gil, rejeitou as acusações. Ele disse que Saar não deveria citar a Venezuela, mas “se preparar para ser julgado pelos crimes que seu governo comete contra o povo palestino”.
“Não nos interessa sua opinião, nem nos afeta sua retórica desesperada”, disse Gil, em mensagem publicada em canal oficial no Telegram. Ele disse ainda que Saar “representa a barbárie e a violação sistemática de todas as normas que regem a humanidade civilizada”.