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quarta-feira, 25 setembro, 2024
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Israel aceita acordo de cessar-fogo, mas Hamas mantém Gaza refém da fome

Por Marina B.

Os Estados Unidos, conforme relatado pela AP, confirmaram que Israel aceitou essencialmente um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns. Agora cabe ao Hamas aceitar.

Os israelenses concordaram com um cessar-fogo de seis semanas para facilitar a libertação de reféns do Hamas, incluindo doentes, feridos, idosos e mulheres.

Um oficial dos EUA, que pediu anonimato devido à falta de autorização para compartilhar a informação, afirmou à Associated Press (AP): “A bola está no campo do Hamas, e continuaremos trabalhando para que seja aceita o máximo possível.”

Este primeiro passo seria seguido por uma “segunda fase” para “construir juntos algo mais duradouro”.

Muitos mortos na área de ajuda humanitária

Segundo o serviço diplomático da União Europeia, muitos dos palestinos mortos ou feridos enquanto tentavam obter sacos de farinha de um comboio de ajuda humanitária foram atingidos por tiros israelenses, gerando indignação e instando a uma investigação internacional.

O desespero cresce entre milhares de pessoas que lutam para sobreviver em Gaza, após quase cinco meses de conflitos entre Israel e o Hamas.

No sábado, aviões militares dos Estados Unidos realizaram os primeiros lançamentos aéreos de alimentos para Gaza, enquanto o exército egípcio também anunciou lançamentos.

O Serviço Europeu de Ação Exterior atribuiu a responsabilidade por este incidente às restrições impostas pelo Exército israelense e às obstruções dos extremistas violentos ao fornecimento de ajuda humanitária.

Povo palestino enfrenta a fome

Os moradores do norte de Gaza, estão revirando os escombros e o lixo em busca de alimentos para seus filhos, que mal comem uma vez por dia. Muitas famílias começaram a misturar alimentos para animais com cereais para fazer pão. As agências de ajuda internacional estão enfrentando uma situação de fome catastrófica.

“Estamos morrendo de fome”, disse Soad Abu Hussein, viúva e mãe de cinco filhos, que vivem em uma escola no campo de refugiados de Jabaliya. Pelo menos 10 crianças morreram de fome, segundo registros hospitalares de Gaza, conforme relatado pela Organização Mundial da Saúde.

O norte de Gaza foi severamente afetado pelo conflito, que teve início quando o grupo armado Hamas atacou o sul de Israel em 7 de outubro, resultando na morte de 1.200 pessoas, principalmente civis, e na tomada de cerca de 250 reféns.

A ofensiva militar israelense em Gaza, deixou pelo menos 30.320 mortos e 71.000 feridos, segundo fontes palestinas. Não há distinção entre civis e combatentes nesses números, mas mulheres e crianças compõem cerca de dois terços dos mortos.

Na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde mais da metade da população do território sitiado busca refúgio, um ataque aéreo israelense atingiu tendas em frente ao hospital emir, matando pelo menos 11 pessoas e ferindo cerca de 50.

Aproximadamente uma em cada seis crianças menores de 2 anos no norte sofre de desnutrição aguda e emaciação, sendo esta a pior taxa de desnutrição infantil em qualquer lugar do mundo, afirmou Carl Skau, subdiretor do Programa Mundial de Alimentos da ONU. “Se nada mudar, a fome é iminente no norte de Gaza.”

O desespero por comida é tamanho que as pessoas estão atacando os caminhões que entregam ajuda alimentar e pegando o que podem, relatou Skau. “A ruptura da ordem civil, impulsionada pelo puro desespero, está impedindo a distribuição segura da ajuda, e temos o dever de proteger nosso pessoal”, acrescentou.

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