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domingo, 13 outubro, 2024
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Inflação na Argentina: ‘Tragédia’ segundo Milei e medidas drásticas na importação de produtos básicos

Por Marina B.

O recente índice de inflação ao consumidor na Argentina, atingindo 13,2% em fevereiro, divulgado ontem, provocou uma série de reações conflitantes no país. Por um lado, foi recebido com alguma dose de otimismo devido à visível tendência de desaceleração, seguindo os alarmantes 25,5% de dezembro e os 20,6% de janeiro. No entanto, por outro lado, houve um reconhecimento de que o nível atual ainda é extraordinariamente alto, continuando a impactar negativamente a renda da população.

O presidente Javier Milei expressou seu ponto de vista em uma entrevista nesta manhã na rádio Mitre, argumentando que o custo de vida é um reflexo direto da “catástrofe” provocada por duas décadas de políticas populistas do kirchnerismo. Ele destacou que o índice de fevereiro contém elementos extraordinários ou não-recorrentes, como a recomposição de preços congelados pelo governo anterior, pagamentos antecipados e ajustes estatísticos. “Esses três elementos somam 6 pontos percentuais. Estaríamos falando de uma inflação de um dígito, em torno de 7%”, calculou o presidente.

Apesar disso, o governo está tomando medidas para amenizar as atuais pressões inflacionárias. Recentemente, foi autorizada uma facilitação na importação de itens da cesta básica. Milei explicou que a importação foi permitida devido à discrepância entre as expectativas de preço em relação ao dólar, onde os formadores de preço estimaram valores baseados em um dólar mais alto, próximo de 2.500 pesos, enquanto o câmbio paralelo se estabilizou perto de 1.00 pesos.

No entanto, mesmo com essas medidas, Milei alertou para a possibilidade de o índice de preços ao consumidor de março ser mais elevado do que o esperado, devido a uma “sazonalidade complicada”. Neste mês, os reajustes das pensões terão uma influência significativa.

Instituições financeiras como o Bradesco BBI e o Itaú, também expressaram suas perspectivas em relação à inflação. O Bradesco BBI alertou para o risco de uma inflação mensal maior em março, principalmente devido aos reajustes periódicos das pensões e a uma potencial desvalorização cambial adicional. Já o Itaú prevê que a inflação mensal permanecerá na casa dos dois dígitos até pelo menos o segundo trimestre de 2024, refletindo as correções de preços em setores como energia, transporte e combustíveis.

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