Um homem armado foi morto a tiros pela polícia alemã próximo ao Centro de Documentação do Nazismo e ao Consulado Israelense em Munique, no sul da Alemanha.
O confronto ocorreu quando o homem, que estava portando uma arma de fogo longa, entrou em troca de tiros com cinco policiais. O Ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, confirmou mais tarde que o suspeito havia falecido.
No momento do incidente, o consulado israelense estava fechado devido a uma cerimônia memorial pelo 52º aniversário do ataque de militantes palestinos durante as Olimpíadas de Munique de 1972, que resultou na morte de 11 atletas israelenses e um policial.
A polícia não encontrou evidências de outros suspeitos e isolou a área ao redor da Karolinenplatz e da Briennerstrasse. Os moradores de edifícios próximos foram aconselhados a se manterem em seus lares enquanto a situação era esclarecida. As autoridades pediram ao público que evitasse compartilhar imagens do incidente nas redes sociais.
Um helicóptero da polícia sobrevoou a área para monitorar a situação. O Centro de Documentação de Munique, dedicado à história do Nacional-Socialismo, foi inaugurado há nove anos no local da antiga sede do partido nazista, conhecida como “Casa Marrom”.
Não houve feridos no consulado, e a polícia decidiu aumentar a segurança na principal sinagoga de Munique como medida preventiva. A cônsul israelense Talya Lador elogiou a resposta da polícia e destacou o aumento preocupante do antissemitismo.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, expressou seu pesar pelo ataque e afirmou ter conversado com o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier para compartilhar condenação e horror pelo incidente. Herzog lamentou que o ataque ocorresse no mesmo dia em que os atletas israelenses assassinados há 52 anos eram homenageados.
Joachim Herrmann indicou que o ataque estava claramente ligado ao Centro de Documentação e ao consulado, além do Amerikahaus, que apresenta exposições sobre as relações com os EUA, embora essa conexão ainda precise ser confirmada. A Ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, ressaltou que a proteção das instituições judaicas e israelenses é uma prioridade máxima e expressou tristeza pelo ocorrido próximo ao centro de documentação e ao consulado.