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sábado, 21 setembro, 2024
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Guerra, clima e pandemia abalam o transporte marítimo, adverte ONU

Por Marina B.

O transporte marítimo enfrenta uma crise sem precedentes desde o surgimento da pandemia de Covid-19, que abalou as cadeias de suprimentos globais. Alertas foram emitidos pela ONU, destacando que as tensões geopolíticas e as condições climáticas adversas, estão redesenhando as rotas comerciais dos navios, resultando em custos mais elevados para milhões de pessoas.

A Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento) lançou o relatório “Navegando em Águas Turbulentas”, destacando os impactos da interrupção das rotas marítimas no Mar Vermelho, Mar Negro e no Canal do Panamá. São áreas simultaneamente em perigo, com implicações significativas para inflação, segurança alimentar e energética, conforme apontado pelo estudo.

Desde novembro do ano passado, ataques de rebeldes islâmicos houthi, do Iêmen, a navios mercantes perto do Canal de Suez, no Mar Vermelho, têm forçado muitos cargueiros a recorrerem ao Cabo da Boa Esperança, uma rota mais longa, dispendiosa e poluente. Isso tem resultado em um aumento significativo nas tarifas de transporte de contêineres da China desde dezembro. Além disso, o Egito viu sua arrecadação pelo Canal de Suez reduzir pela metade desde o início do ano, com uma diminuição de 42% nos trânsitos pelo canal em comparação com o pico anterior.

A crise no Mar Vermelho se soma aos distúrbios em curso no Mar Negro, devido ao conflito contínuo na Ucrânia, que está em seu terceiro ano, causando mudanças nas rotas comerciais de petróleo e cereais e perturbando padrões estabelecidos.

Enquanto isso, no Canal do Panamá, uma das artérias mais importantes que conectam os oceanos Atlântico e Pacífico, o desafio é climático. Secas recentes resultaram em uma diminuição drástica na passagem de navios desde janeiro de 2022. Isso levantou preocupações sobre a resiliência a longo prazo das cadeias de suprimentos globais, destacando a fragilidade da infraestrutura comercial mundial.

A Unctad destaca que essas perturbações contribuem para o aumento dos preços de alimentos, automóveis e até mesmo do petróleo, colocando países como Equador, Quênia e Egito entre os mais ameaçados.

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