Na Alemanha, um impasse nos horários de trabalho desencadeou uma onda de greves nos transportes públicos, paralisando ônibus, bondes e trens subterrâneos em grande parte do país nesta sexta-feira. As greves, organizadas pelo sindicato Verdi, atingiram 14 dos 16 estados alemães, incluindo a capital Berlim. Embora programadas para encerrar em Berlim às 14h (13h GMT), continuariam em outras regiões até sábado.
A coincidência das greves com os protestos climáticos em mais de 100 cidades, promovidos pela Fridays for Future e outros grupos ambientais, aumentou o potencial de tumulto. Esta foi a segunda onda de greves quase nacionais nos transportes públicos nas últimas semanas, convocada pelo sindicato Verdi, que representa cerca de 90 mil funcionários de mais de 130 empresas municipais.
Verdi argumenta que as negociações em curso sobre os contratos dos trabalhadores dos transportes públicos estagnaram, enquanto eles pressionam por redução de horário de trabalho e mais licenças. A operadora de transporte público de Berlim, BVG, criticou a greve como “desnecessária e completamente exagerada”.
Essas greves ocorrem em um momento de inflação persistentemente alta na maior economia da Europa, que já enfrentou uma série de paralisações afetando também viagens aéreas e ferroviárias. Os passageiros podem enfrentar mais interrupções nas ferrovias em breve, após o fracasso das negociações entre o sindicato dos maquinistas GDL e a Deutsche Bahn na noite de quinta-feira.