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terça-feira, 26 novembro, 2024
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Greve de estivadores da Costa Leste dos EUA interrompe metade do transporte marítimo do país

Por Alexandre Gomes

A greve dos estivadores da Costa Leste e da Costa do Golfo dos EUA, que começou na manhã de terça-feira, marca a primeira paralisação em grande escala da International Longshoremen’s Association (ILA) em quase 50 anos. A paralisação interrompe cerca de metade do transporte marítimo do país, afetando 36 portos, desde o Maine até o Texas. O movimento, segundo analistas, pode resultar em bilhões de dólares em perdas diárias para a economia, além de ameaçar empregos e potencialmente aumentar a inflação.

Os trabalhadores, representados pela ILA, estavam em negociações com a United States Maritime Alliance (USMX) para um novo contrato de seis anos, mas a proposta final foi rejeitada, com a liderança do sindicato afirmando que os salários oferecidos estavam “muito aquém” das demandas. O líder da ILA, Harold Daggett, expressou disposição para manter a greve até que suas exigências de aumentos salariais e proteções contra a automação sejam atendidas.

Os impactos da greve são imediatos e abrangentes. Há cerca de 100.000 contêineres nos portos da área de Nova York esperando para serem descarregados, e muitos produtos, desde alimentos até veículos, estão paralisados. Isso ocorre em um momento crítico, já que muitos varejistas estão tentando antecipar as importações para a temporada de festas, transferindo embarques para a Costa Oeste sempre que possível.

Analistas, como Peter Sand, preveem que a greve poderá ter um efeito cascata nas cadeias de suprimento global, afetando o comércio na Europa e na Ásia até o início de 2024. A administração Biden está monitorando a situação, mas até agora descartou a intervenção federal para interromper a greve, apesar de apelos da Câmara de Comércio dos EUA.

Os varejistas, que respondem por aproximadamente metade do volume de transporte de contêineres, estão implementando planos de backup para minimizar os impactos, embora a governadora de Nova York, Kathy Hochul, tenha afirmado que o estado não espera impactos imediatos nos fornecedores de alimentos ou bens essenciais.

A situação permanece tensa, e muitos se perguntam quanto tempo a greve pode durar. Enquanto isso, as empresas de transporte, como a Maersk, já estão se preparando para aumentar as tarifas de frete devido à paralisação, o que pode resultar em custos adicionais para os consumidores.

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