Persistindo no descontentamento em relação à contraofensiva fracassada no ano passado na Ucrânia, o governo Joe Biden está elaborando uma nova estratégia. Diferentemente do ano anterior, o plano agora se concentra em auxiliar Kiev a conter possíveis avanços russos, ao invés de buscar a recuperação de território. A mudança representa uma abordagem mais cautelosa, visando fortalecer a capacidade de combate e a economia ucraniana a longo prazo. Este novo enfoque é parte de um esforço multilateral envolvendo quase trinta países que buscam garantir apoio de segurança e econômico de longo prazo para a Ucrânia.
O plano em desenvolvimento sugere posicionar a Ucrânia para manter sua posição no campo de batalha, enquanto busca um fortalecimento substancial até o final de 2024. Os Estados Unidos, como o maior financiador e fornecedor de equipamentos, desempenham um papel crucial. Cada país envolvido está elaborando compromissos específicos para os próximos dez anos. No entanto, a dependência dos EUA gera preocupações, especialmente considerando a incerteza sobre a aprovação do financiamento suplementar de US$ 61 bilhões para a Ucrânia, solicitado pelo presidente Biden ao Congresso.
A estratégia americana visa garantir apoio imediato para operações militares e construir uma força militar ucraniana capaz de dissuadir a agressão russa a longo prazo. Espera-se que o documento, a ser divulgado no próximo trimestre, inclua promessas específicas para proteger e expandir a base industrial da Ucrânia, além de auxiliar em reformas políticas para sua integração nas instituições ocidentais. No entanto, a incerteza sobre o apoio do Congresso e a possibilidade de uma volta de Trump à presidência, geram preocupações sobre a consistência e eficácia dessa estratégia de longo prazo.