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segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Golpe eleitoral: Maduro recorre a truques sujos para vencer

Por Marina B.

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, planeja manipular as eleições presidenciais de 28 de julho por meio de uma série de manobras engenhosas para garantir a vitória sem precisar alterar a contagem de votos. Aqui estão alguns dos seus principais estratagemas:

A poucas semanas das eleições, o candidato opositor de centro-direita, Edmundo González Urrutia, lidera as pesquisas com 68,4% das intenções de voto, contra 11,3% de Maduro, de acordo com o instituto Meganalisis. Outras pesquisas mostram uma vantagem semelhante para o candidato opositor.

No entanto, Maduro, que segundo os Estados Unidos e mais de 50 democracias se reelegeu de forma fraudulenta em 2018, está aplicando truques antigos e novos para tentar se reeleger para um terceiro mandato consecutivo. Aqui estão alguns dos principais:

  1. Impedimento de exilados: O regime de Maduro impediu 4,5 milhões de exilados venezuelanos — mais de 21% do total de eleitores — de se registrarem para votar no exterior. Apenas aqueles com residência permanente em outro país podem votar, enquanto a maioria, que tem residência temporária ou pediu asilo, não poderá. Cerca de 107 mil venezuelanos poderão votar no exterior, segundo dados oficiais.
  2. Desqualificação de opositores: Maduro desqualificou os principais líderes da oposição para concorrer. Entre eles, María Corina Machado, que venceu as primárias da oposição em outubro com mais de 92% dos votos. O regime também proibiu a candidatura de sua substituta indicada, Corina Yoris, de 80 anos. Machado nomeou posteriormente o diplomata aposentado González Urrutia, de 74 anos, para concorrer em seu lugar.
  3. Falta de liberdade de imprensa: Não existe liberdade de imprensa na Venezuela. González Urrutia, Machado e outros líderes da oposição praticamente não têm acesso à TV aberta. Machado afirmou que faz mais de um ano que não é entrevistada por uma das principais redes de televisão e que faz campanha para González Urrutia de carro, já que todas as companhias aéreas nacionais estão proibidas de deixá-la embarcar em voos.
  4. Intimidação de ativistas: O regime prendeu dezenas de ativistas da oposição para intimidar outros e evitar que façam campanha pela legenda da oposição unida.
  5. Irregularidades nos centros de votação: Segundo um estudo do Observatório Global de Comunicação e Democracia, há irregularidades de todos os tipos em 86% dos centros de votação. Em alguns centros, há um excesso suspeito de eleitores registrados, e muitos eleitores em distritos com maioria de oposição descobrem que seus locais de votação são mudados no último minuto para locais distantes.
  6. Proibição de observadores eleitorais: Maduro proibiu a entrada de missões de observação eleitoral com credibilidade, como a da Organização dos Estados Americanos e da União Europeia. A maioria dos observadores estrangeiros convidados pertence a grupos que apoiam a ditadura de Maduro.
  7. Manipulação das cédulas: As cédulas são formuladas para favorecer Maduro. Na primeira e na segunda linhas, a foto de Maduro sorridente aparece 13 vezes, representando vários partidos reais e fictícios. A foto de González Urrutia aparece apenas três vezes, perdida nas linhas inferiores entre muitos outros candidatos menores.
  8. Intervenção em partidos de oposição: Muitos dos principais partidos da oposição sofreram “intervenção” do regime e agora são liderados por aliados de Maduro. O truque é fazer com que muitos eleitores acreditem que estão votando em um candidato da oposição, quando na realidade estão votando em um servidor do regime.
  9. Intimidação nos locais de votação: Muitos locais de votação estão localizados em instalações de “missões” que fornecem subsídios sociais e em edifícios residenciais pagos pelo governo, onde funcionários do partido governista podem intimidar as pessoas, recomendando que votem em Maduro sob a ameaça de perderem seus benefícios.

A lista completa de truques é muito mais longa. Mas a conclusão é que a fraude eleitoral de Maduro já está em curso. A única dúvida é se, da mesma forma que aconteceu nas eleições legislativas de 2015, a votação na oposição será tão grande a ponto de não ser contida com o catálogo de armadilhas eleitorais de Maduro.

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