Os líderes do G7 comprometeram-se nesta sexta-feira (14) a combater o que descreveram como práticas comerciais injustas da China, que prejudicam seus trabalhadores e indústrias, segundo uma declaração preliminar divulgada no encerramento de sua cúpula anual.
Além disso, o G7 alertou sobre ações contra instituições financeiras chinesas que facilitaram o acesso da Rússia a armamentos para seu conflito com a Ucrânia.
Os líderes da Itália, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Japão discutiram preocupações sobre o excesso de capacidade industrial da China, que, segundo os governos ocidentais, distorce os mercados locais.
O esboço da declaração, visto pela Reuters, destacou que o G7 não busca prejudicar a China ou impedir seu desenvolvimento econômico, mas sim “continuará a adotar medidas para proteger nossas empresas contra práticas injustas, nivelar o campo de jogo e remediar os danos em curso”.
Esta semana, os Estados Unidos impuseram novas sanções a empresas chinesas que fornecem semicondutores à Rússia, citando preocupações com a crescente assertividade de Pequim em relação a Taiwan e disputas com as Filipinas sobre reivindicações marítimas concorrentes.
“Não é que a China esteja fornecendo armas (para a Rússia), mas sim a capacidade de produzir essas armas e a tecnologia para fazê-lo, o que efetivamente ajuda a Rússia”, disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a repórteres durante a cúpula na quinta-feira, após assinar um pacto de segurança bilateral com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
No primeiro dia da reunião no sul da Itália, as nações do G7 concordaram em fornecer 50 bilhões de dólares em empréstimos à Ucrânia, apoiados por juros sobre ativos russos congelados.
No esboço, os líderes do G7 também se comprometeram com sanções contra entidades que ajudaram a Rússia a contornar as sanções sobre seu petróleo, transportando-o de maneira fraudulenta.