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domingo, 22 setembro, 2024
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Fraude e manipulação: A estratégia dos governos autoritários para ficar no poder

Por Marina B.

Na segunda-feira, 29, o presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor das eleições presidenciais da Venezuela, apesar das evidentes irregularidades que geraram protestos generalizados em todo o país.

A eleição ocorreu após um grande apoio popular ao candidato opositor Edmundo González, que substituiu María Corina Machado, a líder da oposição que foi impedida de concorrer pelo governo. Maduro foi proclamado vencedor pela autoridade eleitoral, que não divulgou a contagem completa dos votos, o que gerou dúvidas sobre a legitimidade da vitória.

Machado qualificou os resultados como “impossíveis”, e muitos apontam para uma intervenção governamental nas seções eleitorais.

Este não é o primeiro caso em que o governo de Maduro é acusado de manipulação eleitoral. Como muitos líderes autoritários, Maduro utilizou várias táticas para fraudar o processo eleitoral e garantir uma vitória questionável.

Aqui estão cinco métodos comuns usados por regimes autoritários para fraudar eleições:

  1. Cooptação de Instituições Governamentais
    Governos autoritários frequentemente manipulam instituições como o judiciário e o legislativo para garantir a vitória. Por exemplo, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, promoveu mudanças legais que favoreceram seu governo, substituindo juízes na Suprema Corte e permitindo sua reeleição apesar das restrições constitucionais. Líderes autoritários consolidam poder ao controlar essas instituições, criando um sistema que age em seu favor.
  2. Restrição de Candidatos
    Muitos regimes tentam controlar os resultados eleitorais limitando quais candidatos podem participar. O governo de Maduro impediu María Corina Machado de se candidatar, substituindo-a por Edmundo González. No Irã, apenas candidatos aprovados pelo Conselho dos Guardiões são permitidos, e no Paquistão, o governo prendeu Imran Khan, líder da oposição, e ameaçou banir seu partido.
  3. Criação de uma Cultura de Medo
    A intimidação dos eleitores é outra tática comum. Maduro fez ameaças de violência caso seu partido perdesse, uma tática com histórico de uso, como demonstrado pela repressão brutal de protestos em 2017. Na Síria, Bashar Assad reprimiu a dissidência com violência estatal, tortura e execuções extrajudiciais.
  4. Compra de Votos e Manipulação das Urnas
    A compra de votos e a manipulação das urnas são práticas usadas para garantir resultados favoráveis. No México, partidos distribuíram vales-presente para ganhar eleições, e nas Filipinas, as eleições de 2022 foram marcadas por “casos flagrantes de compra de votos”. Na Venezuela, autoridades impediram a verificação da contagem dos votos e expulsaram missões diplomáticas críticas.
  5. Uso de Observadores Favoráveis
    Alguns regimes utilizam observadores internacionais que apoiam sua versão dos eventos para legitimar a eleição. Na Síria, o presidente Assad usou observadores de regimes autoritários para retratar a votação como legítima, mesmo com as evidentes irregularidades.

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