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domingo, 22 setembro, 2024
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França rachada: A escolha do novo premiê e o ‘quebra-cabeça’ político francês

Por Marina B.

Nesta sexta-feira (23), a imprensa francesa examina os desafios que o presidente Emmanuel Macron enfrenta na escolha de um novo primeiro-ministro, uma decisão ainda pendente desde o segundo turno das eleições legislativas antecipadas em 7 de julho. Para o jornal Le Parisien, essa situação é descrita como um “quebra-cabeça” ainda “sem solução”.

Le Monde destaca o início das conversas de Macron com diversos partidos em busca de um novo premiê, semanas após a dissolução da Assembleia Nacional, anunciada em 9 de junho. O primeiro-ministro Gabriel Attal apresentou sua renúncia em 16 de julho.

Nesta sexta-feira, Macron se encontra com Lucie Castets, a candidata designada pela Nova Frente Popular (NFP). Esta coalizão é composta pelos principais partidos de esquerda da França: França Insubmissa, Partido Socialista, Os Ecologistas e o Partido Comunista. A NFP é considerada a principal força política na Assembleia Nacional após as eleições legislativas.

No entanto, um mês atrás, Macron descartou a possibilidade de nomear Castets como premiê, o que levou os líderes do partido França Insubmissa (LFI) a ameaçarem iniciar um processo de impeachment contra o presidente.

Para o Le Parisien, Castets não atende ao “critério” de “estabilidade” estabelecido por Macron. A direita, incluindo o partido Reunião Nacional (RN), e até mesmo membros da base macronista, ameaçam censurar qualquer governo que inclua ministros do LFI. O jornal observa que “o próprio Macron exclui o LFI”.

O jornal de esquerda Libération menciona o “Fim das férias” para Macron, com as discussões sobre o novo governo coincidindo com o retorno às aulas e o fim das férias de verão europeu. O jornal critica a necessidade urgente de Macron resolver a situação que “ele mesmo criou” ao dissolver a Assembleia Nacional e convocar novas eleições legislativas.

Le Monde sugere que as reuniões do presidente devem resultar em uma nomeação “rápida”, possivelmente já na segunda-feira (26). “Sete semanas após as eleições parlamentares antecipadas que deveriam ‘esclarecer’ a situação política, Emmanuel Macron estará finalmente em condições de nomear um primeiro-ministro, conforme exige a Constituição?”, questiona o jornal.

Le Figaro adota uma visão mais pessimista, afirmando que, cinco semanas após aceitar a renúncia de Attal, Macron e sua equipe ainda não definiram um cronograma claro para a formação do próximo governo. “A ‘névoa’ que envolve a política francesa desde o primeiro turno das eleições legislativas não se dissipou durante o verão [inverno no Brasil]”, observa o jornal. “Embora o outono [do hemisfério norte] esteja se aproximando, com a complexa elaboração e votação do orçamento de 2025, é improvável que as reuniões convocadas pelo Eliseu resolvam a ‘névoa’ tão facilmente”, prevê.

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