Na terça-feira, os Estados Unidos vetaram uma resolução da ONU apoiada pelos países árabes, que exigia um cessar-fogo humanitário imediato no conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
O veto ocorreu durante a votação no Conselho de Segurança, composto por 15 membros, com um placar de 13-1, e o Reino Unido se absteve, refletindo um amplo apoio global ao fim do conflito de mais de quatro meses. Este conflito teve início com a invasão surpresa do Hamas no sul de Israel, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e no sequestro de outras 250. Desde então, a Palestina diz que mais de 29 mil palestinos foram mortos na ofensiva militar de Israel, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Esse número inclui mulheres e crianças, conforme relatado pelo Ministério, que não faz distinção entre civis e combatentes. Porem as imagens desses mortos nunca foram vistas.
Este foi o terceiro veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança, que exigia um cessar-fogo em Gaza.
A administração Biden justificou o veto, temendo que a resolução pudesse interferir nos esforços para alcançar um acordo entre as partes em conflito. O objetivo seria suspender as hostilidades por pelo menos seis semanas e garantir a libertação de todos os reféns.
Antes da votação, os Estados Unidos apresentaram uma resolução alternativa ao Conselho de Segurança da ONU. Esta proposta apoia um cessar-fogo temporário em Gaza, ligado à libertação de todos os reféns, e apela ao levantamento de todas as restrições à entrega de ajuda humanitária. Ambas as ações visam criar as condições para uma cessação sustentável das hostilidades, de acordo com o projeto de resolução obtido pela Associated Press.
O vice-embaixador dos EUA, Robert Wood, expressou que a resolução apoiada pelos árabes não é eficaz para alcançar os objetivos desejados, que incluem a libertação dos reféns, o aumento da ajuda humanitária e uma pausa prolongada no conflito.
A situação permanece em discussão, e os EUA afirmaram a intenção de se envolver em negociações intensivas nos próximos dias. Enquanto isso, as nações árabes, com o apoio de muitos dos 193 países membros da ONU, continuam a exigir um cessar-fogo imediato.