O Departamento de Estado dos EUA proibiu a entrada do ex-presidente do Equador Rafael Correa e do ex-vice-presidente Jorge Glas nos Estados Unidos devido ao envolvimento em corrupção, informou o departamento na quarta-feira.
“Correa e Glas abusaram de suas posições como ex-presidente do Equador e ex-vice-presidente do Equador, respectivamente, ao aceitar subornos, inclusive por meio de contribuições políticas, em troca da concessão de contratos governamentais favoráveis”, disse o Departamento de Estado em um comunicado.
O departamento disse que também proibiu os cônjuges e filhos dos ex-funcionários equatorianos de entrar nos EUA.
Correa reagiu em uma publicação no X, alegando que sua condenação local pelas acusações não tinha mérito e que a proibição de sua entrada nos EUA não era justa.
O ex-presidente mora na Bélgica e foi condenado por corrupção e sentenciado à prisão. Ele negou as acusações, descrevendo o caso contra ele como um de perseguição política liderada por seus oponentes.
A advogada de Glas, Sonia Gabriela Vera, disse no X que impedir a entrada do ex-vice-presidente visa interferir nas eleições do Equador, chamando-a, sem provas, de “manobra política para favorecer interesses específicos”.
Glas, também condenado por corrupção, foi preso no Equador. Ele tentou suicídio no início deste ano e fez greve de fome em uma prisão para protestar contra sua prisão, de acordo com seu advogado.
México e Equador entraram com ações judiciais um contra o outro no Tribunal Internacional de Justiça após a prisão de Glas em abril, que estava morando na embaixada mexicana em Quito.
O México acusou o Equador de violar o direito internacional ao invadir a embaixada, enquanto o Equador acusou o México de conceder asilo ilegalmente a Glas.
