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sexta-feira, 4 outubro, 2024
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EUA acionam alerta na AIEA: Irã sob ameaça de ação por ‘obstáculo’ contínuo

Por Marina B.

Os Estados Unidos lançaram ameaças nesta quinta-feira (7), sobre possíveis ações futuras contra o Irã no órgão de vigilância nuclear da ONU, caso Teerã persista em “obstruir” as investigações e negar cooperação às questões levantadas, incluindo a presença de vestígios de urânio inexplicáveis.

Durante a reunião trimestral do Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), composto por 35 nações, os Estados Unidos reiteraram seu apelo para que o Irã coopere plenamente com os inspetores da AIEA em relação à origem das partículas de urânio detectadas em locais não declarados há anos.

No entanto, por enquanto, os Estados Unidos não buscaram uma resolução direta contra o Irã. Diplomatas citaram as eleições presidenciais americanas de novembro, como motivo para a relutância de Washington em tomar tal medida. O Irã costuma responder com aumento de atividades diante de resoluções desse tipo.

Os Estados Unidos destacaram a necessidade da comunidade internacional reconsiderar como lidar com a persistente obstrução do Irã. Afirmaram que não podem permitir que o comportamento atual de Teerã persista.

Já se passou mais de um ano desde a última resolução do Conselho contra o Irã, ordenando cooperação plena com a investigação sobre as partículas de urânio. O Irã rejeitou essa resolução como “política” e “anti-iraniana”, embora apenas China e Rússia se opuseram.

Os Estados Unidos, junto com seus principais aliados europeus – Grã-Bretanha, França e Alemanha – optaram por não buscar uma nova resolução contra o Irã nesta reunião. No entanto, advertiram que tomarão medidas se o Irã não cooperar em breve.

Em 2018, o ex-presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear de 2015, que levou à suspensão de sanções contra o Irã em troca de restrições às suas atividades nucleares. Desde então, o Irã ampliou suas atividades nucleares além dos limites do acordo.

Atualmente, o Irã está enriquecendo urânio a até 60% de pureza, próximo aos 90% necessários para armas nucleares e muito além do limite máximo estabelecido pelo acordo de 3,67%. As potências ocidentais argumentam que não há justificativa civil crível para esse nível de enriquecimento.

O Irã insiste em que seu programa nuclear é exclusivamente para fins pacíficos e reivindica o direito de enriquecer urânio em níveis elevados para uso civil.

Os Estados Unidos instaram o Irã a cooperar plenamente com a AIEA, incluindo concedendo acesso para coleta de amostras ambientais, e advertiram que, caso contrário, tomarão medidas adicionais em apoio à AIEA e ao regime global de não-proliferação nuclear.

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